Perspectiva animadora

Editorial

Perspectiva animadora

Perspectiva animadora
Vale do Taquari

A pandemia aprofundou desigualdades, trouxe mudanças comportamentais, levou vidas e exigiu transformação nas áreas de produção. De tudo o que a sociedade enfrenta nestes 15 meses de convivência com a covid-19, o temor da miséria, do desemprego e da extinção dos negócios escurece os planos de desenvolvimento humano e social.

Um contexto que aos poucos parece ficar para trás. A pandemia ainda não terminou, permanecem os cuidados e o alerta. Ainda assim, o caminho aberto pela vacinação, com indicativos de avanço por todo o país, trazem otimismo que há tempo não se tinha.

Tanto que os indicadores econômicos ascendem, com projeção de crescimento do PIB. Cenário com reflexos sobre a empregabilidade. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) retratam uma parte desses indicadores.
O Vale do Taquari mantém tendência de elevação no número de pessoas com carteira assinada. Movimento visto em abril, quando a previsão era a pior possível. Aquele foi o mês das restrições, dos comércios fechados e das UTIs lotadas. Do medo acima da razão.

Ainda assim, foram 260 novos postos de trabalho. Em maio, um pouco menos, mas ainda positivo em 183. Algo muito diferente dos mesmos meses de 2020, quando em abril o somatório dos 38 municípios extinguiram mais de 2,8 mil vagas. E nos 30 dias seguintes, foram encerrados mais 1,3 mil postos.

De fato, tanto a produção nas linhas das fábricas, quanto na construção civil, seguiram as atividades. Apesar da instabilidade do mercado, do aumento nos custos operacionais, esses segmentos importantes conseguiram fazer a roda da economia girar.

Tudo repercutiu sobre o comércio e também os serviços. Importante destacar, o Caged apresenta números consolidados quase dois meses atrás. O que não reduz uma perspectiva animadora para junho, julho e agosto.

Em que pese toda a tendência de continuidade na geração de empregos, é preciso pensar na grande parcela da população economicamente ativa que está fora das análises do emprego formal. Um dia antes do Caged, a pesquisa do Pnad Contínuo, do IBGE, apontava para aumento no número de pessoas à margem do mercado de trabalho.

Sobre esses cidadãos deve estar o olhar dos poderes públicos pelo fato da informalidade nas relações de trabalho atingir uma parcela com menos instrução e mais vulnerável.

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