Lajeado entra no “Waze for Cities”

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Lajeado entra no “Waze for Cities”

Lajeado

O governo de Lajeado finaliza as tratativas para firmar um acordo com o Waze, um dos mais famosos aplicativos de localização e informações sobre o trânsito compartilhadas em tempo real por seus usuários. O evento de lançamento da nova ferramenta está agendado para 25 de julho. É mais um movimento do Labilá, o laboratório de inovação do Executivo. A ideia é incluir o município no programa “Waze for Cities”, que auxilia as cidades no gerenciamento do trânsito e outros serviços públicos por meio da inteligência artificial.

Hoje, em todo o Rio Grande do Sul, apenas a cidade de Porto Alegre está cadastrada no programa. O acordo na capital gaúcha foi firmado em 2019. Por lá, a parceria firmada com o aplicativo Waze surgiu para compartilhar informações sobre circulação viária. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) utiliza a plataforma para informar sobre bloqueios, por exemplo, e para comunicar sobre os mais diversos eventos com impacto significativo na mobilidade urbana.

A ideia é implantar um modelo semelhante em Lajeado. As tratativas com a Google estão bastante adiantadas, e um Agente de Trânsito da prefeitura já está designado para operar a plataforma. Por meio da ferramenta, o fiscal terá a oportunidade de avaliar e perceber as mais diversas “anomalias” no trânsito lajeadense. Como exemplos, um buraco, um gargalo, um semáforo estragado, um ponto com redução de velocidade atípica ou até mesmo um acidente. Tudo em tempo real. E sem custo ao poder público.

O programa “Waze for Cities” pode compilar subsídios para melhorar serviços públicos. Nomes de ruas e números das residências devem passar por um novo mapeamento. Assim como o planejamento viário e a implantação de ciclovias. O App também visa facilitar a rotina dos contribuintes. Por meio do aplicativo, os lajeadenses poderão acompanhar, em tempo real, a movimentação dos caminhões responsáveis pelo recolhimento de lixo. A mesma tecnologia pode ser incorporada ao transporte público coletivo.

É um grande avanço. Claro, desde que a internet funcione a pleno em toda a cidade. E isso ainda é um problema grave nos bairros Conventos, São Bento, Planalto, Campestre, Nações, Santo Antônio e Morro 25.

Estrela > Lajeado

A Secretaria de Educação de Estrela intensifica a triagem nas matrículas da rede pública infantil. O objetivo é evitar a inscrição de alunos que residem em outros municípios. Não é um problema grave. Hoje, por exemplo, só duas crianças que residem em Lajeado estão na rede estrelense. E são famílias que migraram faz pouco tempo para o outro lado do Rio Taquari e já iniciaram a transferência.

MP e a ARKI

O promotor Neidemar Fachinetto arquivou o inquérito civil envolvendo o Governo de Lajeado e a empresa terceirizada ARKI. A investigação iniciou em agosto de 2020, com denúncias de direcionamento do edital, indicações políticas e envolvimento do prefeito Marcelo Caumo. Para o Ministério Público, “não há elementos mínimos a indicar ocorrência de ato de improbidade”.

MP e a ARKI II

O promotor sustenta que não restou comprovado o alegado ‘uso político’ no provimento dos postos por parte de pessoas com ligações partidárias. Ainda de acordo com o MP, a alegação da interferência dos ex-vereadores Ernani Teixeira e Mariela Portz na indicação de pessoas a serem contratadas foram por eles desmentidos, “restando suficientemente justificadas suas condutas”.

MP e a ARKI III

O MP também verificou as denúncias de direcionamento no edital de contratação da empresa. A ARKI apresentou valor superior às concorrentes. Para o MP, diante da inabilitação das concorrentes, “não há que se considerar lesivo ao erário a contratação da empresa ARKI, ainda mais diante dos fundamentos de que as empresas inabilitadas não apresentaram documentos imprescindíveis”.

MP e a ARKI IV

Sobre a denúncia de favorecimento à empresa ARKI por parte de Marcelo Caumo, em relação aos serviços advocatícios prestados pela empresa do qual ele fazia parte, o MP sustenta que “restou plenamente esclarecido nos autos que, em 02/01/2017, primeiro dia útil após sua posse como Prefeito, a alteração societária foi realizada para afastá-lo da empresa advocatícia”.

MP e a ARKI V

Por fim, o MP alerta para a “fragilidade dos procedimentos utilizados pela Administração Pública para o preenchimento dos cargos”. cita a realização de “contatos verbais ou por email”, e questiona os critérios de seleção dos 274 postos da ARKI. Diante disso, o promotor de justiça sugere maior participação da Unidade de Controle Interno e a publicidade dos nomes, cargos e local de trabalho.

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