As mudanças nas bandeiras tarifárias da energia elétrica e a pressão no valor das contas de luz foram os temas da entrevista com Edilson Deitos, coordenador do grupo temático de energia e telecomunicações da Fiergs, no programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quarta-feira, 30.
O especialista explica que o país passa por um momento difícil na geração de energia. Segundo ele, as bandeiras foram criadas para os consumidores não serem surpreendidos nas revisões tarifárias. Com o sistema, a energia é paga com o seu preço real do momento.
“Não foi agora que a energia ficou mais cara. Ela ia ser paga pelos consumidores mais tarde, mas as bandeiras foram a forma que o governo encontrou de sinalizar para os consumidores que a situação é crítica e que precisamos economizar”.
Na área de geração de energia hidrelétrica, a região sul representa 6,9% da capacidade de geração no país. Enquanto isso, a região sudeste, afetada pela falta de chuva, representa, 70,1%.
“Vamos enfrentar isso até novembro. E se até lá a chuva não for suficiente, a preocupação será 2022”.
Energias alternativas
Deitos comenta que o uso e a geração de energias renováveis aumentou nos últimos anos. No total, a geração de energia eólica representa 10% e a solar 2%. O coordenador do grupo temático explica que, o consumidor residencial que migrar para a energia solar fará um bom negócio.
“O investimento vai ser pago em menos de quatro anos. E ele tem a garantia de cerca de 25 anos de geração de energia”, comenta.
Confira a entrevista na íntegra: