O fechamento da UTI pediátrica do HBB foi tema de entrevista com os médicos pediatras João Paulo Weiand e Sérgio Kniphoff no programa Frente e Verso da Rádio A Hora 102.9 na manhã desta quarta-feira.
Os profissionais, que atuam na UTI, lembram a relevância da conquista do espaço para a região há 30 anos. “Antes, as crianças morriam porque não tínhamos UTI, não conseguíamos leitos. E quando conseguíamos em Porto Alegre, era uma dádiva. Por que era algo muito difícil”, diz Kniphoff.
Sobre a lei que determina que as UTIs pediátricas e neonatal não podem funcionar juntas, os médicos explicam que em Lajeado, o Hospital Bruno Born, colocou os leitos das duas unidades em pontos separados, mas em uma mesma área. “E isso não foi entendido como legal pela lei. Desde então, em 2012, a UTI opera de maneira irregular. Não foi só agora que descobriram”, comenta Kniphoff.
O fechamento da UTI pediátrica, para crianças entre 29 dias e 13 anos de idade, é vista como uma perda importante para a região. “Em uma região com quase 400 mil habitantes, que tem essa pujança como o Vale do Taquari tem, em época de pandemia e com o avanço tecnológico que tivemos no diagnóstico e tratamento de doenças, o fechamento da UTI é um retrocesso inacreditável. É um retrocesso de 30 anos”, observam os médicos.
Para evitar o fechamento, os pediatras avaliam que é necessária a mobilização da comunidade como um todo. Kniphoff pontua a necessidade de investimentos financeiros em área física, equipamentos e equipe de trabalho.
Confira a entrevista na íntegra:
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