O fim da isenção para moradores locais nos pedágios desagradou municípios da região. Em Cruzeiro do Sul, o poder público se uniu a entidades locais e busca formas de solucionar o impasse criado após o governo do Estado divulgar detalhes de como funcionará a concessão das rodovias estaduais. A transferência da estrutura para outra localidade é uma das possibilidades apontadas.
No último sábado, uma audiência pública promovida na câmara de vereadores reuniu lideranças políticas e comunitárias. A faixa “Cruzeiro do Sul não quer o pedágio” foi estendida no plenário e demonstrava a indignação com a medida prevista no processo de concessão.
Para o prefeito João Dullius, a extinção da isenção prejudicaria moradores de pelo menos três localidades, que teriam de pagar pedágio para se deslocar até a área central. “Queremos uma solução, pois estas comunidades vão ficar divididas. Seria muito oneroso para as famílias. Daqui a pouco, acabariam se deslocando para fazer compras em outras cidades”, afirma.
Na reunião ocorrida na última quinta-feira, 24, em Estrela, o secretário extraordinário de Parcerias, Leonardo Busatto sinalizou possíveis mudanças, o que agradou Dullius. Por isso, a comitiva cruzeirense busca uma nova conversa com o secretário para a próxima semana.
Recuo da praça
Hoje, a praça de pedágio de Cruzeiro do Sul é administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e está situada na localidade
de Boa Esperança, a 13 quilômetros do Centro da cidade. Moradores do município têm isenção na tarifa, desde que tenham preenchido um formulário no site da estatal.
A intenção do governo é que o pedágio seja deslocado para as proximidades da divisa com Mato Leitão. “Estamos preparando um croqui, conforme a sugestão do secretário, para levar na próxima reunião e debatermos uma melhor forma de resolvermos isso”, pontua o prefeito.
Assim que o estudo estiver pronto, será agendada uma audiência com Busatto em Porto Alegre.