Tratamentos amenizam dores oncológicas

Produzido por Estúdio A

Tratamentos amenizam dores oncológicas

Intensidade dos incômodos pode reduzir a qualidade de vida dos pacientes e limitar a mobilidade

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A dor é um sintoma relativamente comum em pacientes com câncer e acredita-se que em torno de 20 a 70% destas pessoas apresentam incômodos, não importando idade ou sexo. Por ser uma característica crônica, na maioria das vezes, o paciente “acostuma-se” com a dor e não realiza queixas, o que pode causar isolamento, depressão e redução na qualidade de vida.

As causas de dor oncológica e sua intensidade podem variar de acordo com o tipo da doença, seu estágio e até mesmo o tratamento, que envolve cirurgias, radioterapias e quimioterapias. Por isso, os procedimentos para amenizar os sintomas se diferenciam de um caso para o outro.

Segundo o médico neurocirurgião, Isaac Bertuol, devido a elevada associação do câncer com a dor, é importante que se realize uma investigação minuciosa em pacientes, principalmente aqueles com tumores malignos, para que se possa encontrar o tratamento correto e proporcionar bem-estar e mais tranquilidade à rotina.

“Quando não atingimos o nosso objetivo de alívio da dor, temos como consequência agravamento do estresse, depressão do sistema imunológico e limitação da mobilidade. Com isso, compromete-se, e muito, a qualidade de vida do paciente, inclusive de seus familiares”, destaca.

Ao atender os pacientes com câncer associado a dores, Bertuol destaca que é preciso observar quatro aspectos:

1- História da Dor: fatores de início, agravo e alívio, localização e irradiação

2- Medicações:  tipos de analgésicos necessários para aliviar a dor

3- Exame Físico: avaliar exame neurológico, observando função motora e sensitiva, coloração e temperatura de extremidades

4- Exames Radiológicos: ajudam a confirmar a hipótese diagnóstica, como Tomografia, Ressonância Magnética e Cintilografia

Após a análise, o neurocirurgião explica que o tratamento inicial consiste no uso de analgésicos, como anti-inflamatórios e opióides, podendo associar antidepressivos e anticonvulsivantes que atuam em dor crônica. “Em alguns casos devemos associar o procedimento radioterápico e quimioterápicos junto com os analgésicos. Em situações selecionadas, o tratamento cirúrgico da lesão poderá ser indicado”.

Atualmente outra alternativa são os tratamentos intervencionistas minimamente invasivos para dor oncológica, que já estão entre as principais modalidades. “Através de pequenas infiltrações e incisões podemos proporcionar maior controle da dor, melhorando e muito a qualidade de vida dos pacientes”.