O Governo do Estado enviou nova proposta de reforma tributária ao Legislativo, provocando forte manifestação por parte das entidades empresariais. A ACIL foi uma das primeiras a tornar público o descontentamento.
Diante das dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo a partir da crise da Covid, a nota enfatiza: a sociedade não suporta maior taxação e a reforma só será útil se servir para reduzir impostos. Sinaliza a necessidade de contingenciamento dos gastos públicos, em especial diante do cenário delicado projetado no pós-pandemia.
Não se discute a necessidade de reforma tributária no Estado. Assim como nem se cogita a manutenção do Estado brasileiro sem uma profunda cirurgia no sistema tributário. A malha de impostos existente penaliza tanto quem produz quanto quem consome, favorecendo unicamente o rentismo.
Em setembro do ano passado entrevistei Bernard Appy, um dos maiores economistas do país e autor do estudo que resultou na PEC 45, proposta de reforma defendida por diversas entidades e especialistas. A PEC substitui os impostos federais PIS, Cofins e IPI, o ICMS estadual e o ISS municipal por um único tributo. Simplifica a tributação e acaba com a guerra fiscal entre os estados.
Se aprovada fosse, resolveria parte dos problemas que o governo gaúcho tenta resolver com sua própria reforma. Na época da entrevista, Appy se mostrava otimista com a possibilidade de avanço do projeto no Congresso Nacional.
Quase um ano depois, a reforma tributária foi fatiada, desfigurada e patina na Câmara, enquanto o Estado não consegue propor nada minimamente aceitável para o setor produtivo. Ano que vem teremos eleições e as prioridades serão outras. Assim seguimos, mais uma vez.
Boa Leitura!
Trabalho híbrido na Fruki
A pandemia obrigou milhares de empresários e profissionais a se adaptarem ao trabalho remoto. A experiência permitiu avaliar a relação entre produtividade e qualidade de vida proporcionada pelo home office. A partir da evidência prática, ficou provada a eficiência do trabalho híbrido – mistura entre o remoto e o presencial que se tornou a preferida no Vale do Silício.
A tendência veio para ficar nas empresas de tecnologia e agora também faz parte da cultura da Fruki, primeira grande empresa da região a adotar o sistema híbrido nas funções administrativas. De acordo com a Gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Ana Luisa Herrmann, a empresa tinha um projeto piloto voltado para o home-office, que se intensificou com a pandemia.
Foram mapeadas as operações que poderiam permanecer em casa de acordo com a atividade exercida e estabelecida uma nova rotina, baseada em confiança, responsabilidade e na entrega de resultados. Segundo ela, a flexibilidade reduz o tempo e o custo dos deslocamento e custos, além de proporcionar ao colaborador uma vida integrada entre o trabalho e a família. Uma iniciativa de vanguarda, que pode inspirar outras empresas.
Marcante e Atual
“A preocupação com a empresa aumenta quando os recursos do fluxo de caixa são usados para aquisição de imobilizados para as pessoas físicas e não para a organização. Quando a pessoa não sabe separar a empresa do pessoal, vê aquele dinheiro em caixa e compra um carro para si, temos um problema grave.” Graciela Black, empresária contábil durante o workshop Negócios em Pauta de dezembro de 2020
Golpes se espalham pelo Instagram
Na última coluna escrevi sobre o os golpistas que se aproveitam da popularidade da Casa Tassinary para criar constas fantasmas na rede social, roubar dados dos usuários e clonar contas de whatsapp. Um dia depois da publicação, o Grupo Imec lançou comunicado alertando seus clientes sobre golpe com roteiro semelhante.
Por meio de perfis que simulam a rede de supermercados, os golpistas enviam falsos cupons de descontos pelo chat do Instagram para depois pedir os dados das vítimas. No alerta, o Grupo Imec deixa claro que não envia cupons de desconto por redes sociais e não solicita o envio de códigos por whatsapp ou SMS.
Rede social queridinha das marcas, em especial do varejo, o Instagram falha demais quando permite este tipo de situação. A permissividade das redes sociais – quase todas elas – com as contas falsas, os robôs e a disseminação de fake news tem como efeito colateral o caminho aberto para a ação de golpistas.