As vendas de carros seminovos e usados está em crescimento. Pelo menos é o que afirmam os participantes do Negócios em Pauta. O programa deste sábado teve a participação do gerente de Vendas da Motolândia Toyota, Valdir Constantin, dos diretores da Hélio Automóveis, Hélio Luiz Arnold Junior e da Motomecânica VW, Rogério Wink.
Depois de um ano marcado pelas dificuldades, o mercado automotivo demonstra sinais de recuperação. Entre janeiro e maio, o segmento de seminovos e usados saltou 34,2% na comparação entre o mesmo período de 2020.
De acordo com os debatedores, o mercado automobilístico vive um momento inusitado. Passa pelo fato da tabela Fipe, que determina o valor de mercado de veículos no Brasil, está em trajetória ascendente, ou seja, o valor de mercado dos carros está cada vez maior a ponto de os seminovos chegarem muito próximo do preço dos carros novos.
O motivo é a redução do número de veículos novos no mercado, provocada pela escassez global de componentes, em especial chips e semicondutores. É mais um reflexo da pandemia que reduziu a atividade industrial no mundo todo e resultou na escalada de preços dos insumos das mais diferentes atividades.
Frente a esse cenário, os representantes das concessionárias destacam a importância da atuação dos vendedores, do contato próximo ao cliente. O seminovo pode até ser pesquisado na internet. Mas na hora da compra, o cliente vai buscar o contato presencial, afirmou Wink.
“O fator humano é fundamental. Temos de ver onde o cliente quer chegar. Esse é o olho do vendedor”, ressaltou Hélio. Por parte de Constantin, essa atuação, de identificar as necessidades do cliente, pode interferir sobre o resultado final da negociação. “É qualificar o cliente quando é abordado na loja. Saber o que ele quer e por vezes descobrir isso. As vezes eles dizem que são R$ 70 mil para uma compra, mas tem até R$ 150 mil para investir.”
Ouça a entrevista na íntegra:
