Município não recebe verba federal e obras de muro atrasam

Arroio do Meio

Município não recebe verba federal e obras de muro atrasam

Empresa responsável pela estrutura às margens do Rio Taquari no bairro Navegantes suspendeu os trabalhos por falta de pagamento

Município não recebe verba federal e obras de muro atrasam
Prazo inicial para entrega de obra era 14 de junho. Sem receber, empresa interrompeu os trabalhos há 45 dias (Foto: Ramiro Brites)
Vale do Taquari

A construção de um muro de gabião para evitar desbarrancamentos parou após a conclusão de 30% da obra. A empresa Coesul venceu o processo licitatório mas ainda não recebeu o pagamento. As obras na rua Campos Sales, bairro Navegantes, pararam em 7 de maio.

O problema está no repasse da Defesa Civil nacional ao município. Quando verba foi solicitada, o valor orçado era de R$ 4 milhões.
No lançamento do processo licitatório, porém, um novo orçamento considerou o aumento do preço do ferro e a obra ficou R$ 900 mil mais cara. No fim, a empresa vencedora da licitação orçou a construção em R$ 4,5 milhões.

A auditoria da Defesa Civil alega que a licitação ocorreu antes do órgão ser informado. O prefeito Danilo Bruxel cogita ir a Brasília caso a situação não se resolva em 15 dias.

Comunidade em alerta

Com a chegada temporada de chuvas, a suspensão dos trabalhos é um risco para os ribeirinhos. A construção do muro parou poucos metros antes da casa de Rosimeri Jung, 49.

Em 2016, após duas semanas consecutivas de precipitações ela pediu apoio à administração municipal para a construção de uma estrutura que impedisse os deslizamentos de terra.

O governo insistia na realocação da família. “Minha mãe já tem mais idade. Aqui é perto de tudo, do Centro, do Hospital”, resiste Rosimeri.

Para não sair da casa onde mora há mais de 45 anos, Rosimeri mandou construir uma estrutura para proteger dos desbarrancamentos. O projeto do muro de gabião será incorporado aos pilares erguidos pela iniciativa da moradora do bairro Navegantes.

Destinação do lixo

Das demandas da Defesa Civil de Arroio do Meio à União, uma delas foi atendida. O município recebeu R$ 1 milhão para tratamento e destinação dos entulhos da enchente.

De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Valdecir Crecencio, o valor foi repassado no passado e o serviço contratado de forma imediata. Os lixos deixados pela cheia de julho estão armazenadas em um depósito provisório.

A empresa contratada recolhe o lixo, mede, emite nota, e destina o resíduo. Parte é alocada em outro depósito, e rejetos orgânicos são decompostos. O prazo para finalização do serviço é 7 de julho.

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