Jornais do interior ampliam audiência no RS

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Jornais do interior ampliam audiência no RS

Incremento dos portais regionais rompe fronteiras e fortalece os veículos de comunicação nas suas áreas de cobertura. Especialista ressalta importância dos jornais dialogarem com seus nichos de atuação

Jornais do interior ampliam audiência no RS
Peça publicitária da ADI está publicada nesta semana em todos os jornais associados, para mostrar o enorme alcance desses veículos no interior do estado
Vale do Taquari

A pandemia do coronavírus forçou uma nova realidade nos hábitos e comportamentos da sociedade. Neste contexto de mudança, as mídias sofreram transformações nunca antes experimentadas, em um curto espaço de tempo. Com isso, a relevância e a responsabilidade dos veículos de comunicação aumentaram, sobretudo, dos locais. Os 28 grupos de mídia associados à Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI-RS), por exemplo, conversam com mais de 8 milhões de pessoas todos os dias, por meio dos jornais, portais e outras plataformas.

“Com o impacto direto sobre todos nós, a pandemia criou a necessidade de obtermos informações locais, sobre nossa cidade, nosso bairro, nossa rua”, observa o presidente da ADI-RS e diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss.

Ele relembra as dificuldades dos jornais em papel de se mostrarem relevantes e influentes antes da pandemia, quando muitos achavam que os impressos acabariam. “Hoje, as pessoas podem até entrar pelas redes sociais, mas procuram nossos jornais e portais o tempo todo para checar. Elas querem confirmar, saber e entender o micro, o local, o serviço prestado em cada cidade ou comunidade. Com isso, nossa responsabilidade se amplia e confirma a credibilidade dos jornais. A sociedade retoma sua percepção sobre a importância destes veículos para a articulação e crescimento locais”, conclui.

A informação é corroborada pelo jornalista e consultor de meios de comunicação, Eduardo Tessler, que tem dedicado os últimos anos para compreender o fenômeno da transformação. Ele também percebe a retomada das mídias regionais e locais.

“A população precisa de fontes mais confiáveis e mais próximas. É muito mais lógico eu ser de Lajeado, ou Santa Maria, e confiar nos jornais da minha cidade, do que acreditar nesses tantos sites que surgiram, sabe-se lá de onde e que frequentam grupos nas redes sociais”, salienta.

Nicho de atuação

Tessler ressalta que o crescimento dos meios regionais é um movimento verificado em todas as partes do mundo, conforme mostra gráfico abaixo. Mas alerta ser necessário estes veículos de comunicação perceberem qual o seu nicho de atuação para não perderem audiência. Por isso, não basta replicar conteúdos nacionais e estaduais sem trazer o reflexo local destas notícias.

“Ainda se vê o erro de jornais de uma cidade de 50, 100 mil habitantes, querendo falar de Brasília, ou do Flamengo. Não quer dizer que o governo federal não é importante, mas tem de entregar a informação mastigada, com o viés necessário para aquele povo, daquela localidade”, pontua.

Gráfico mostra que as mídias locais ascenderam em todo o mundo, com destaque para os jornais impressos como os mais confiáveis para a população (Fonte: estudo do Reuters Instute dor the Study of Jornalism)

Alcance mundial, mas foco local

Um dos exemplos da expansão da audiência é o próprio Jornal A Hora. Há cinco anos, o periódico se limitava aos assinantes da edição impressa e alguns internautas do site.

Com a modernização do portal, utilização das redes sociais e demais mídias integradas, o portal A Hora chega a alcançar mais de 300 mil usuários únicos por mês. Pessoas do mundo inteiro, mas, principalmente, internautas locais acessam a plataforma que tem a maior parte de seu conteúdo aberta.

Ainda que o impresso entrega conteúdo exclusivo e representa o maior faturamento, é o portal que registra o maior alcance. “Interligamos as plataformas e assim potencializamos o resultado aos nossos parceiros e anunciantes, além de aproximar e fidelizar nosso leitor”, observa o editor-chefe da Central de Jornalismo do A Hora, Alexandre Miorim.

O online e o impresso agregados ao rádio e demais revistas impressas do grupo permitem impactar o público em diferentes formatos e plataformas. Atualmente, o Grupo A Hora tem três jornais, uma emissora de rádio, dois portais, imprime cerca de 10 revistas, um anuário e mantém vários projetos nichados, como Negócios em Pauta, Pense – Programa de Ensino e Educação, AgroNotícias e Tudo na Hora, entre outros.

“Esta é uma realidade comum nos veículos associados da ADI/RS. A adição do digital ao impresso e demais plataformas criou robustez na mídia do interior gaúcho, atingindo distintos públicos, por meio das diferentes plataformas”, finaliza Weiss.

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