O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, participou de entrevista no programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quinta-feira, 24, para falar sobre a defesa do ato médico e da autonomia médica.
Durante a pandemia, com a discussão sobre artigos científicos na mídia, os profissionais se sentiram pressionados. Matias fala que chegou a existir um projeto dizendo que se o médico prescrevesse um nível de evidência mais alto seria considerado crime e poderia ser preso. “Isso foi um grau que nunca existiu. Aquilo que era considerado baixo nível de evidência, hoje se torna verdade absoluta ameaçada.”
Ao longo dos últimos anos, a internet tornou-se ferramenta para a pesquisa de doenças. Nem sempre esse método é visto de forma positiva pelos profissionais da área da saúde. O presidente do Simers destaca que, em algumas situações, pode favorecer um diálogo entre profissional e paciente. No entanto, há episódios de revolta quando os eles não relatam o mesmo que o descrito na internet. “Criamos situações onde médicos perderam parte da autonomia diante da ameaça.”
Agora, na pandemia, os profissionais da área da saúde firmaram o seu conhecimento e valorização enfrentando um vírus invisível. “O grande problema fi a politização da pandemia. Nada foi pior que isso. Politização do termo ciência, isso foi a pior perda que tivemos. Perdemos a confiança nas informações que recebemos. A verdade sempre é o melhor caminho para tudo”, comenta.
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