Imigrante fica 30 horas sem serviço de telefonia

Problema

Imigrante fica 30 horas sem serviço de telefonia

Município cobra explicações da operadora do serviço e busca agenda com a Anatel. Situação é recorrente na localidade, que é símbolo de problemas com telecomunicações na região

Imigrante fica 30 horas sem serviço de telefonia
Operadora alega problemas técnicos na única torre de transmissão (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari

Município voltou a registrar problema de telecomunicações entre a tarde da segunda-feira, 21, e a manhã de quarta-feira, 23. A cidade ficou sem cobertura de sinal de telefonia e internet da operadora Tim durante o período de mais de 30 horas. Este é mais um capítulo de um longo histórico de problemas do tipo na região.

O Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) fez o primeiro estudo para buscar melhorias no serviço ainda em 2014. Desde então, pouca coisa mudou. Mais um estudo foi feito depois, acionando Ministério Público Federal e Procon, mas as respostas foram todas no sentido de cumprimento dos contratos.

A formatação das privatizações entra no rol de pontos avaliados pelo Codevat. “As privatizações, feitas lá atrás, foram extremamente frágeis no direito dos consumidores. Por sua vez, a fiscalização ficou basicamente nas mãos das agências reguladoras, que têm uma postura omissa e vergonhosa, e não atuam na defesa do bom serviço”, afirma Luciano Moresco, presidente da entidade.

Explicações não convencem

São poucas as justificativas por parte da empresa prestadora do serviço. A demanda de Imigrante era por um argumento técnico, para que a população pudesse ser informada com mais detalhes e previsão de retorno do serviço. Em nota, a Tim, detentora do uso da única torre de transmissão no município, afirmou que a falta de sinal ocorreu por problemas técnicos em um equipamento.

O prefeito Germano Stevens está em Brasília cumprindo agenda e tentará um encontro com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o objetivo de ter uma posição sobre o ocorrido. Moradores procuraram a administração municipal na busca por explicações sobre a falta de internet e sinal de telefonia.

Secretário de Administração de Imigrante, Charles Porsche, diz que o tratamento da operadora em relação aos clientes do município é de negligência. Sobretudo porque a situação dos últimos dias é parte de um problema mais amplo. “Além de termos essa única torre, ela não cobre uma boa parte do município de Imigrante. Mesmo em condições normais, a operadora não atende ao município da forma que a gente precisa”, argumenta.

Quem também se posiciona é a vice-presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Prestadores de Serviço (CIC), Moira Ritter. “Todos os setores são afetados por essas horas sem serviços de telecomunicações. O impacto é muito grande e causa prejuízos difíceis de mensurar, pois nos dias de hoje a economia está muito voltada para a tecnologia”.

O secretário Porsche pontua que além da questão econômica, a população ficou desassistida na busca de serviços como atendimentos de urgência. Ele é ainda mais taxativo na avaliação. “Estamos indignados. Se eu fosse dono de uma empresa que oferece um serviço desse tipo, eu passaria vergonha”.

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