A administração municipal estuda mudar o recolhimento e destinação dos resíduos sólidos. Um comitê técnico faz reuniões desde o início do ano e avalia a possibilidade de transportar os resíduos para outra cidade. Essa hipótese surpreendeu a cooperativa que opera no aterro sanitário municipal. Representantes do grupo desejam dialogar sobre a continuidade do serviço com o Executivo.
Na quarta passada, dia 16, representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Cooperativa Regional dos Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (CRC) reuniram-se na para debater o assunto. A conclusão é que o desencontro de informações foi um mal- entendido.
Por outro lado, a cooperativa demonstrou incômodo com os números informados de forma extraoficial pela administração, que indicou aproveitamento de 20% do total de lixo reciclado na unidade. Hoje, de acordo com a cooperativa, o aterro sanitário recebe em média 18 toneladas de lixo por dia, das quais, mais de sete toneladas são passíveis de reciclagem. O montante representa cerca de 40% do material recebido.
A secretária do Meio Ambiente de Teutônia, Lídia Margarete Müller Dhein, avalia o serviço como “essencial”, mas a formatação do trabalho está sendo reavaliada. O contrato de prestação de serviço da CRC é de cinco anos, renovável a cada ano. Em 2021, a renovação ocorrerá no mês de julho.
Diferentes versões
De acordo com a secretária, não há nenhuma decisão. A única certeza até o momento é sobre o fechamento da célula 2 do aterro sanitário. Parte dos rejeitos é transportado para Minas do Leão e a preocupação da cooperativa está em uma possível mudança no funcionamento da usina.
O presidente da CRC, Francisco Leopoldo dos Santos, conta que o trabalho é desenvolvido no local há sete anos. Ao todo 25 pessoas atuam na triagem e separação dos resíduos.
Nos planos da cooperativa está mais uma reunião, desta vez com a presença do prefeito Celso Forneck. A expectativa é para um desfecho positivo na situação que coloca um ponto de interrogação na sequência do trabalho no aterro sanitário. “O município de Teutônia já é a cidade do cooperativismo. Assim como nós, estamos aqui para ajudar o município, gostaríamos que o município ajudasse os cooperados que são daqui”, pontua Francisco.