Criada no começo do ano, a comissão temporária da câmara de vereadores que analisa o contrato do município com a Corsan concluiu ontem os seus trabalhos. O relatório final será entregue à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, onde os parlamentares pedem providências quanto a atuação da estatal na prestação do serviço.
O documento será encaminhado ao Estado nos próximos dias. Entre os principais pedidos da comissão, está uma avaliação sobre a permanência de Alexsander Pacico no cargo de gerente da Corsan em Lajeado. Ele responde pela função há mais de cinco anos. Antes, atuou como superintendente regional no Vale do Taquari.
A insatisfação de vereadores com Pacico não é de hoje. Na legislatura passada, ele foi alvo frequente de críticas em discursos durante as sessões ordinárias. Este, porém, é o primeiro pedido oficial do Legislativo que diz respeito ao seu trabalho.
Segundo a vereadora Paula Thomas (PSDB), secretária da comissão, não houve retorno de Pacico sobre as solicitações encaminhadas por eles à Corsan, o que motivou o pedido. “De forma alguma queremos intervir sobre uma gestão que não é nossa. Mas só pedimos que seja feita essa avaliação, da conduta”, afirma.
Paula lembra que, em uma reunião com o governo de Lajeado para tratar da avaliação da prestação do serviço, apenas a Corsan não enviou representantes. “Era a parte mais interessada no assunto e não nos deram retorno”, pontua.
Próximos passos
A comissão articula uma visita à Secretaria de Meio Ambiente até a próxima semana. A intenção é entregar o relatório diretamente ao titular da pasta, Luiz Henrique Viana. “Vamos alinhar prazos para possíveis soluções às nossas demandas. Se isso não resolver, vamos ao Ministério Público”, revela Paula.
Procurado pela reportagem, Alexsander Pacico não quis se manifestar sobre o relatório e o pedido dos vereadores.
Motivação
A criação da comissão foi uma das primeiras iniciativas da bancada do PSDB após a posse da nova legislatura, ainda em janeiro. A intenção de Márcio Dal Cin e Paula Thomas era de verificar se a Corsan cumpria o contrato com o município na prestação de serviços de água e esgoto.
A motivação dos parlamentares se dava pelas constantes reclamações de falta d’água, sobretudo no bairro Santo Antônio, e pela situação da Estação de Tratamento de Esgoto do bairro Moinhos, que está subutilizada.
