A doação de sangue é uma das principais formas de ajudar a salvar vidas. No Brasil, pouco mais de três milhões de pessoas são voluntárias a este ato, o que representa somente 1,9% da população, segundo dados do Ministério da Saúde. Para melhorar esse número, o país inicia este mês a campanha Junho Vermelho, com o objetivo de conscientizar e homenagear todos os doadores.
O sangue é insubstituível para o corpo, pois sem ele é impossível viver. Por isso, todos os anos o Ministério da Saúde reforça periodicamente a importância da doação regular e espontânea. Afinal, uma bolsa de sangue é capaz de salvar até quatro vidas.

Doar sangue sempre foi um desejo de Jaison Röhrig
A exemplo, desde os 18 anos, o educador físico Jaison Röhrig (26) é voluntário. Sua primeira doação, em 2013, foi a realização de um de seus desejos da adolescência. “Sempre quis doar. Meu objetivo era completar os 18 anos e doar sangue, depois pensar em outras coisas”, conta.
Desde então, o jovem vai todos os anos ao banco de sangue, onde realiza quatro contribuições. “Doar é um gesto de amor ao próximo. O sentimento é de ajudar com o sonho de alguém em viver”.
Apesar de a pandemia ter reduzido os estoques de bolsas em todo país, muitas pessoas não desistiram de fazer o bem e continuaram realizando as doações, inclusive, compartilhando as ações em redes sociais para incentivar outras pessoas.
“Muitas pessoas já me questionaram o porquê publicar quando faço a doação, mas acredito que sempre foi uma maneira de influenciar, mesmo que indiretamente”, conta o engenheiro ambiental, Lucas Eduardo Ahne (27).
Assim como Röhrig, ele também realiza doações frequentes, desde os 18 anos. “Hoje prefiro fazê-las quando vejo que alguém está necessitando. É uma boa ação que não dói, na verdade é apenas uma picadinha e depois tu fica 10 minutos bombeando sangue”, explica.

Lucas Ahne doa desde os 18 anos
Para ambos, a doação de sangue continuará fazendo parte da rotina, pois “é uma oportunidade que não tem preço que pague, com certeza quem doar vai se sentir bem em estar ajudando muitas vidas”, finaliza Röhrig.
Quem pode doar?
Todas as pessoas que tenham entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos. Além disso, é preciso pesar no mínimo 50kg, estar alimentado e descansado no dia.
Para os doadores que tiveram a Covid é necessário esperar 30 dias, após curado, para poder realizar a doação. Já aqueles que receberam a primeira ou segunda dose da vacina, o tempo de espera é de sete dias.
Como doar sangue?
No Hemovale, centro de Hemoterapia do Vale do Taquari, os procedimentos podem ser realizados de segunda à sexta-feira, das 07h30min às 16h. E aos sábados, das 07h30min às 11h. Devido a pandemia, as doações devem ser agendadas com antecedência. Compareça portando documento original com foto.