A crise no transporte público ameaça a interligação entre as cidades do Vale do Taquari. Em Estrela, a direção da rodoviária já não suporta mais tantos prejuízos e busca uma forma de encerrar o contrato com o Daer. Em Lajeado, são os mesmos diretores. E o problema financeiro é igualmente grave. O resultado disso tudo é a diminuição das linhas de ônibus urbanas e intermunicipais, e, consequentemente, o aumento no número de veículos particulares nas rodovias e vias urbanas do país. É andar na contramão do desenvolvimento sustentável. É repelir as tais “smartcities”. E todos perdem com isso. Usuários e não usuários do sistema de transporte coletivo.
O cenário é realmente dramático. O empresário Nelson Noll é o sócio-diretor das rodoviárias de Lajeado e Estrela. Também responde como presidente do Sindicato de Agências e Estações Rodoviárias no Estado do Rio Grande do Sul (Saerrgs). E ele garante: a realidade financeira é terrível em todos os cantos do Rio Grande do Sul. E tende a piorar. Na sede lajeadense, a média mensal de bilhetes vendidos chegou a quase 40 mil em 2011. No ano passado, mal chegou a 15 mil. Já não existem linhas entre Lajeado e Taquari, por exemplo. E o risco de nos isolarmos ainda mais é uma possibilidade mais do que latente. E isso é ruim para todos, reforço. Usuários e não usuários.
Aumento na passagem!
O governo de Estrela vai decretar nos próximos dias o aumento na tarifa de transporte público coletivo. Com o reajuste, o preço da passagem de ônibus passará de R$ 2,71 para R$ 3,50. A atual frota do transporte coletivo urbano estrelense começou a operar em setembro de 2018, após processo licitatório vencido pela empresa Trevosul Transportes Ltda., que disponibiliza cinco micro-ônibus para atender aos mais de 1,3 mil passageiros diários. Este é o primeiro reajuste no contrato.
Subterrâneo
Em Lajeado, a vereadora Ana da Apama (MDB) solicita ao Executivo “que estude a possibilidade de alterar o Plano Diretor no sentido de exigir que nos novos loteamentos a rede de energia elétrica seja subterrânea”.
Essenciais
O vereador lajeadense Alex Schmitt (PP) protocolou um projeto que reconhece as atividades presenciais das redes pública e privada de ensino como essenciais para a população”. E os vereadores Carlos Ranzi (MDB), Vavá (MDB) e Ederson Spohr (MDB) apresentam uma emenda para incluir como essenciais as atividades religiosas presenciais.
Errata
Na edição de terça-feira, escrevi sobre o orgulho pela Saidan. Mas errei as datas. E o atento leitor Veriano Kremer me alertou. Escrevi que a foto retratava o momento da inauguração do nobre espaço, em 1953. Entretanto, e analisando os políticos e profissionais presentes ao lado do idealizador, Bernardino Pinto, é possível verificar que a imagem é da década de 60.
Monitoramento de enchentes
A Defesa Civil de Lajeado encabeça um movimento para potencializar um departamento regional de Defesa Civil no Vale do Taquari. Além disso, o agrupamento lajeadense busca uma necessária aproximação com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), responsável pela medição e acompanhamento dos níveis do Rio Taquari.
Na terça-feira, o prefeito Marcelo Caumo, o secretário da Segurança Pública, Paulo Locatelli, o chefe do Departamento de Trânsito, Vinicius Renne,r, e do Coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Juliano Pedroso, realizaram uma reunião com o Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial, Franco Turco Buffon, que faz parte da Superintendência do Rio Grande do Sul e Santa Catarina da CPRM.
“Na CPRM, temos condições de aprimorar o monitoramento dos rios e chuvas da região, e incrementar o sistema de alerta hidrológico da bacia do Rio Taquari. Temos a possibilidade de construir esse sistema, dessa vez de uma forma integrada com as defesas civis locais, para que atenda de fato as necessidades de quem está agindo na ponta”, avisa Locatelli. E que assim seja!
Acabou a paciência!
O Vale do Taquari não aguenta mais apanhar tanto com as recorrentes quedas de energia, com a demora no reestabelecimento do fornecimento de luz elétrica após grandes vendavais, e, da mesma forma, já não suportamos tantos problemas no abastecimento de água e o tampouco a quase completa ausência de tratamento de efluentes domésticos. O Codevat, as prefeituras, o Pro_Move, a Agil, os deputados que vêm aqui pedir e levar votos, a CIC, as associações comerciais, as câmaras legislativas e toda a sociedade civil organizada precisam cobrar melhorias de forma mais contundente. Já não é possível aceitar tantos prejuízos. A paciência acabou!
Free-flow
A nova lei do pedágio, já sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, deve acelerar a inovação nas principais rodovias do país. A norma autoriza a implantação de sistema eletrônico de livre passagem em pedágios, sem cancelas e com identificação automática dos usuários, conhecido como free-flow. E o Vale do Taquari sonha com o modelo. Ao menos, no discurso.