Uma nova realidade é vivida pelo setor da suinocultura. Isso porque os patamares de preço mudaram para a produção de carne suína, bovina e grãos. A mudança é vista já pelo próprio consumidor quando, no ano passado, o quilo da carne de porco era vendida a R$ 4,30 e hoje está a R$ 7.
Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) Valdecir Folador, destacou que os preços devem se manter em alta. “Pela elevação nos preços da matéria-prima e as exportações em ritmo bom. Nada indica que vamos ter redução nessa demanda de produto. A produção também está crescendo e os custos devem se manter”, diz.
Esse preço impacta também no bolso do consumidor. No supermercado, por exemplo, o preço dos cortes suínos já são encontrados com reajuste de 25% no valor. O produto que deixou o mito de fazer mal à saúde para trás e agora também entra na lista de compras.
“Isso foi possível pelo forte trabalho feito pela associação, indústria, na área da saúde e a mudança na forma de levar a informação aos consumidores. O setor da saúde conheceu como o produto é feito, os benefícios na saúde e na alimentação. Sem dúvida está entrando muito forte no cardápio”, ressalta Folador.
O consumo per capita de carne suíno pelos brasileiros é de 27 quilos. Enquanto de carne de frango é 50 quilos a média. “Houve uma desmistificação e a questão econômica auxiliou”, comenta.
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