A vacinação contra a covid-19 no país começa a adquirir ritmo promissor. Os últimos anúncios do Ministério da Saúde e do governo do estado são animadores. A possibilidade de aplicar ao menos a 1ª dose em toda a população adulta do RS até o fim de setembro abre boas perspectivas ao combate da pandemia no estado.
Após um início conturbado, o processo enfim deslancha e avança nas faixas etárias de pessoas não idosas e sem comorbidades. Especialistas acreditam que, ao chegar a 70% de pessoas imunizadas, é possível controlar a doença, reduzindo a incidência de contágios, internações e óbitos. Já o governo federal trabalha com a expectativa de imunizar a população até o fim do ano.
É preciso, contudo, manter os pés no chão apesar do otimismo. Alguns fatores ainda preocupam para o andamento do cronograma imunizatório. Entre outros aspectos, até o momento, cientistas não têm consenso e evidência sobre quanto tempo dura a imunidade no organismo humano, o que pode exigir reforços vacinais periódicos.
Ainda assim, ter uma estimativa de luz no fim do túnel traz esperança a sociedade brasileira, que acumula quase 500 mil mortes pela covid-19. Vale ressaltar que o período novamente é crítico, com internações hospitalares e contágios em alta. De forma nenhuma, o avanço da vacinação pode servir de justificativa para o relaxamento nos cuidados necessários.
O fato é que garantir doses para a população é o caminho mais seguro para ultrapassar a maior crise sanitária do último século. Contudo, diante de uma quarta onda da doença, o momento exige a manutenção severa dos cuidados já amplamente disseminados.
Apesar das perspectivas animadoras, a doença ainda está presente e com risco crescente, mais ainda às vésperas do inverno gaúcho. Ter essa noção, cumprir os protocolos de saúde, de higiene, usar máscara, evitar aglomerações ainda é um mantra que a população precisa manter.