ONS diz que medidas do governo garantem energia em 2021 e descarta racionamento

Abastecimento

ONS diz que medidas do governo garantem energia em 2021 e descarta racionamento

Declaração vem após publicação de uma nota técnica em que o Operador Nacional do Sistema Elétrico reconhece que o País enfrenta a pior crise hidrológica desde 1930

ONS diz que medidas do governo garantem energia em 2021 e descarta racionamento
Vídeo de Paulo Berti mostra pessoas caminhando pelas águas no sábado (Foto: Arquivo Pessoal)
Brasil

As medidas que estão sendo adotadas pelo governo federal e órgãos ligados ao setor elétrico vão garantir o abastecimento de energia neste ano, reafirmou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em comunicado. A declaração vem após publicação de uma nota técnica em que o Operador reconhece que o País enfrenta a pior crise hidrológica desde 1930, com situação crítica nos principais reservatórios de usinas hidrelétricas, mas descarta a possibilidade de um racionamento.

No comunicado, o ONS ressalta as determinações para restringir o uso das águas para outras atividades nas bacias São Francisco e Paraná – como para turismo, pesca e manutenção do funcionamento de hidrovias, por exemplo. Em contrapartida, para manter o abastecimento de energia, o operador sugere o aumento do uso de termelétricas, garantia de combustíveis para essas usinas e a importação de energia da Argentina e Uruguai.

“Nos últimos sete anos os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica. É neste contexto que todos os esforços estão sendo envidados, com transparência e informação à população, para que o País atravesse a crise hídrica sem problemas no fornecimento de energia, que como dito anteriormente, está garantido este ano”, informa o órgão.

Para enfrentar a seca neste ano, o ONS sugere liberar mais vazão do reservatório de Furnas e Mascarenha de Moraes, que estão com níveis mais altos, poupar água nas demais hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do País, que apresentam níveis mais críticos, e acionar todas as termelétricas entre junho e novembro deste ano.

O plano traçado pelo ONS indica que se a operação for mantida sem as alterações propostas pelo ONS, haverá “perda do controle hidráulico de reservatórios da bacia do Rio Paraná” no segundo semestre. Isso significa que as usinas teriam de operar como se não tivessem reservatórios, a fio d’água, dependendo de chuvas para manter o funcionamento, arriscando inclusive paralisações.

Acompanhe
nossas
redes sociais