Médico alerta sobre os riscos de um sono de má qualidade

ENTREVISTA

Médico alerta sobre os riscos de um sono de má qualidade

Raimundo Nonato Delgado Rodrigues comenta sobre as consequências de dormir mal e dá dicas para ter uma boa noite de sono

Médico alerta sobre os riscos de um sono de má qualidade
Crédito: Divulgação
Brasil

Os estudos comprovam que dormir mal é prejudicial para a saúde do ser humano. E, no Brasil, ter um sono adequado têm sido um desafio para uma parte da população. Em tempos de pandemia, é um problema que ficou ainda mais perceptível. Mas o que fazer para ter uma boa noite de sono?

Este foi o tema da entrevista da manhã deste sábado, 5, do programa A Hora Bom Dia, na Rádio A Hora 102.9. O médico e professor adjunto da Universidade de Brasília, Raimundo Nonato Delgado Rodrigues foi o convidado e falou sobre a importância de ter um sono de boa qualidade.

Conforme Rodrigues, o sono é uma das atividades mais antigas no organismo humano e uma noite mal dormida traz consequências preocupantes. “Obesidade, depressão, alterações cardiovasculares e doenças psiquiátricas, como ansiedade generalizada, são algumas decorrências de um sono de baixa qualidade. E o brasileiro não tem cuidado disso de forma adequada, principalmente nas grandes cidades”, alerta.

Para identificar um sono de má qualidade, Rodrigues salienta que esta é uma pergunta que a pessoa deve fazer para si mesma a cada manhã, ao acordar. A partir daí, é possível entender se aquele é um problema recorrente.

“Coloca o pé no chão e vê como está se sentindo. Está disposta, animada, ou sonolenta e quer ficar mais na cama? Se for a resposta número dois, tem algum problema. Pode ser resultado de uma noite mal dormida, por algum motivo do dia anterior. Mas se não recuperar isso no prazo de dois, três dias, tem coisa mais séria por trás, e precisa buscar um especialista em sono”, afirma.

Doenças do sono

Rodrigues também falou de doenças e transtornos que podem afetar o sono das pessoas. Uma delas é a apneia do sono, que começa com roncos à noite e cansaço durante o dia. “É um transtorno metabólico e uma grande causa de sono de má qualidade”. Também cita a insônia, que é muito frequente na população.

Quanto à pandemia, o médico lembra que a covid-19 também pode afetar o sono da população. “Não é um estudo conclusivo, mas há evidências que indicam nessa direção, de que pode causas efeitos”.

“8 horas não é regra definitiva”

Sobre o tempo ideal de sono, Rodrigues salienta que pode variar muito conforme a idade a quantidade de horas necessárias. “As oito horas não é uma regra definitiva. E uma coisa que acontece é que o indivíduo acha que deve dormir oito horas, e se não consegue, cria toda uma ansiedade e se prolonga para o dia seguinte”, pontua.

O ideal, segundo o médico, é ir para cama quando for, de fato, dormir. “A disciplina é a melhor conduta. Não deve ficar esperando o sono vir. E se acordar de madrugada, sem sono, é melhor sair da cama”.

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