Educação como um dos principais desafios do passado e do futuro

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Educação como um dos principais desafios do passado e do futuro

Vale do Taquari

Não são poucos os temas que nos desafiam individualmente e coletivamente, e alguns destes são característicos desta sociedade que é desigual desde a sua formação enquanto Estado Nação. Entre estes há consenso de que a educação é um dos principais aspectos que precisa ser enfrentado.

Essa não é uma afirmação recente. Muito antes pelo contrário, há muito que identificamos os problemas decorrentes não somente da baixa escolarização, mas do processo de ensino e aprendizagem vinculado tanto à educação formal como à educação não formal.

Sem mesmo considerar o período que vivemos vinculado à pandemia, temos no Brasil metade da população de 25 anos ou mais que não terminaram o ensino médio; ainda, da população entre 14 a 29 anos, 20% desta não completou alguma etapa da educação básica; por fim, a taxa de escolarização que chega a quase 100% das crianças de 4 e 14 anos, reduz para 32% em jovens de 18 a 24 anos. (PNAD, 2019).

Em se tratando da evasão do ensino médio, a mesma reduz de 60% para 50% neste momento da pandemia, mas isso não quer dizer que esse indicador melhorou porque os jovens estão se mantendo na escola, mas porque as escolas não estão conseguindo medir adequadamente o atendimento dos alunos. Principalmente na educação pública, muitas das nossas crianças e jovens ficaram muitos meses sem contato com a escola, com os profesores e distante dos conteúdos que fazem parte de seu processo de formação.

Minha maior preocupação não é a impressão de termos perdido um ano, considerando 2020, mas sim, termos regredido na apropriação dos temas que devem fazer parte do processo de formação, da educação das nossas crianças e dos nossos jovens. Se a educação já era aspecto fundamental e consensual, considerando sua necessidade, agora, mais do que nunca, famílias, escolas, professores, setor público, empresários, entendem a necessidade de termos uma educação de qualidade e universal.

Se o desafio já era significativo, este se torna imprescindível, não somente para contribuir com as nossas crianças nesse momento, mas com o futuro da nossa nação. Assim, o trabalho dedicado das nossas escolas e professores, o olhar atento dos gestores públicos, o apoio do setor produtivo, é fundamental para minimizarmos o impacto na vida e no futuro das crianças e jovens.

Assim, programas da educação formal e da educação não formal devem ser levadas adiante e serem amplamente difundidas em todos ambientes possíveis e somente dessa forma o Brasil pode reduzir os problemas atuais da nossa educação e construir alternativas para que tenhamos cidadãos mais felizes e profissionais eficazes, eficientes e realizados.

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