A minha vez vai chegar

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

A minha vez vai chegar

Lajeado

Julho. Este pode ser o mês de vacinação para quem tem entre 35 e 45 anos, assim como eu. Para quem tem mais de 45, o “mês D” é para ser junho. O cronograma de repasse de vacinas aos estados é muito animador para as próximas semanas e podemos chegar em setembro com 70% da população vacinada, o que faria o estado alcançar a chamada “imunização de rebanho”.

Depois de um ano e meio de pandemia, já aprendemos que a vacina é a única e real ferramenta capaz de nos devolver a nossa vida normal e estamos cada vez mais próximos disso. E vejamos que maravilha: contando setembro, restam quatro meses para a tal virada.

Como tarefa imediata e intransponível, precisamos arregaçar as mangas, colocar foco nas nossas prioridades e evitar aglomerações. Os decretos mais restritivos que são anunciados nas ultimas semanas não são por acaso. De fato, as curvas voltaram a subir e os casos aumentam. Para evitarmos a tensão e o drama vividos entre março e abril, quando o sistema de saúde colapsou. É bom que coloquemos a mão na consciência. O futebol com os amigos, a bocha, a festa, por mais que queiramos, pode esperar mais um pouco.

Falta muito pouco para vacinarmos em massa a população brasileira. Mas enquanto isso ainda não é definitivo, precisamos manter os cuidados e os protocolos e, sobremaneira, assumir nossa responsabilidade de cidadãos e evitar aglomerações. Lajeado e região mantêm os números sob controle, mas para continuar assim, cada um de nós tem importante dose de contribuição.
Comemoremos o avanço da vacinação, mas controlemos a euforia e a ansiedade que podem estragar a festa antes da hora.


700 e o fenômeno de Cristo

700. Este é o número de pessoas que visitaram o Cristo Protetor de Encantado apenas nessa quinta-feira, feriado de Corpus Christi. A contagem parte da Associação Amigos do Cristo, a partir das visitas guiadas ao local.

Trata-se de um grande fenômeno. Desde o início da contagem, há cerca de dois meses, já passaram pelo Cristo, pessoas de pelo menos 146 cidades diferentes, sem contar de algumas visitas do exterior, como Argentina, Peru, Bolívia e Venezuela.

Afora os feriados, o domingo à tarde registra o maior número de turistas. As visitas guiadas estão servindo, inclusive para juntar parte do dinheiro que ainda falta para concluir a obra (R$ 900 mil). De cada visitante, se cobra a contribuição de R$ 20.

De fato, a região acorda para o turismo. Nem o visionário mais otimista imaginaria o tamanho da transformação que a obra no Morro das Antenas pudesse gerar ao Vale do Taquari. Se 700 visitam o local em obra, como será quando pronto. É bom a região correr e se preparar para receber essa quantidade de gente que virá nos visitar.

Foto: Aldo Lopes


Ambiente e o nosso egoísmo

Hoje, sábado, dia 5 de junho, é Dia Mundial do Meio Ambiente. É daquelas datas que não temos muito – se é que temos algo – para comemorar.

Os índices de tratamento de esgoto continuam pífios; os mananciais hídricos estão cada vez mais poluídos; já falta água potável para tomar em algumas regiões no mundo; continuamos reféns da água para geração da energia e sub-aproveitamos o sol e o vento; geramos lixo acima da média; etc.

É, infelizmente não temos o que comemorar. Precisamos, mesmo, é nos conscientizar e pensar o que será das próximas gerações. OU melhor, o que não será.

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