O assunto da semana no mundo do esporte não pode ser outro além da Copa América, que sem muita explicação, será sediada no Brasil. Após a Colômbia desistir de sediá-la devido à situação política vivida no país, e a Argentina descartá-la pela situação sanitária, o nosso país aceitou de braços abertos sediar a competição. Mesmo enfrentando os dois problemas citados pelos vizinhos.
A Copa América no Brasil aumentará os problemas do país? Provavelmente não. Sabemos que o mundo do futebol vive uma realidade paralela, em que todos são testados e poucos sofrem de verdade com a covid-19. Todas delegações serão testadas antes de vir para cá, e estando aqui, viverão sob forte cuidado e isolamento. É o que se espera.
A Copa América deveria ser sediada no Brasil? Claro que não. Em meio à muitos problemas, não tinha o porquê da CBF e do governo federal aceitarem sediar a competição. Por mais que os riscos não sejam tão grandes, e eu até discordo que não sejam, o Brasil deveria ter dado o exemplo. Se ninguém quis sediar a competição, não era o Brasil, frente a tantas incertezas, quem deveria ter aceito.
A banalização do futebol
Fora todos problemas sanitários, a realização da Copa América em 2021 é a banalização do esporte. Esta será a quinta edição do torneio disputada nos últimos dez anos. Não há porquê realizar o mesmo campeonato, com as mesmas equipes, a cada dois anos.
Com a atual edição, a Copa América terá sido disputada em 2011, 2015, 2016, 2019 e 2021. No século, ainda foi jogada em 2001, 2004 e 2007. Isso sem contar que, quando não estão se enfrentando no torneio, as mesmas equipes jogam as Eliminatórias da Copa do Mundo no continente.
Talvez, se não tivéssemos vistos os mesmos times disputando a mesma competição no mesmo local dois anos atrás, esta Copa América que inicia em dez dias poderia ser uma boa competição.