Problemas no descarte de lixo são reclamações comuns nos bairros de Lajeado. Moradores relatam a aparição de ratos e baratas nas residências, e alegam falta de lixeiras ou más condições do depósito. O município aguarda a chegada de novos equipamentos para o armazenamento de lixo em julho.
Um edital foi publicado para abertura de pregão à compra de 400 lixeiras na próxima terça-feira, 8. Trata-se de uma licitação retificada. O processo havia sido aberto meses antes, porém, com a planilha de preços defasada.
Para atender a demanda imediata, foram adquiridas 15 lixeiras de forma emergencial por R$ 1.080. O aumento percentual é de 80% em relação à compra do mesmo equipamento no ano passado, com o valor unitário de R$ 600.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Luís Benoitt, o preço por cada lixeira no pregão eletrônico da próxima semana deve ser ainda maior do que a compra emergencial. Ele salienta que, apesar do edital abrir a possibilidade da obtenção de 400 lixeiras, a aquisição será por demanda.
O aumento no preço do ferro explica o salto no valor das compras.
Demandas nos bairros
Das 15 lixeiras compradas em maio, sete já foram instaladas nos bairros Centro, São Cristóvão, Universitário, Moinhos D’Água, Florestal e Floresta.
Outras 64 solicitações por lixeiras aguardam vistoria para a possibilidade de instalação.
Uma delas é na rua Venâncio Aires, esquina com a rua Ágata, no bairro Igrejinha.
Há cerca de seis meses, o presidente do bairro, Diomar Nunes, pediu a retirada da lixeira. Com o fundo da lixeira deteriorado pela ferrugem, os resíduos caiam no solo e eram espalhados pelos cachorros da redondeza.
A substituição do equipamento ainda é aguardada.
Baratas e roedores
No Moinhos D’Água, as ratoeiras na casa de Janaína Farias da Silva pegaram seis ratos em três dias na semana passada.
Ela mora em frente a um terreno baldio, na rua Juvenal José Pinto, onde há uma lixeira coletiva. Para Janaína, as sobras de lixo que caem das sacolas e práticas de descarte incorreto são responsáveis pelo acúmulo dos bichos.
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores, é aplicado veneno em bueiros e também em tocas de ratos em casos de infestação de terrenos baldios próximos a lixeiras.
O raticida utilizado é bloco parafinado.