Linha de frente da educação

Editorial

Linha de frente da educação

Linha de frente da educação
Vale do Taquari

Acerta o Estado em priorizar os trabalhadores da educação no processo de imunização contra a covid-19. A partir da liberação do Ministério da Saúde para que os entes federados definam suas estratégias locais, o Piratini anuncia a inclusão dos profissionais ligados às atividades de ensino no planejamento da distribuição de doses da próxima remessa a ser recebida do governo federal.

A medida busca dar segurança sanitária e jurídica para as aulas presenciais no ambiente escolar após um período extremamente conturbado para um dos setores mais importantes da sociedade. Vale destacar que a educação no RS foi afetada ao longo de quase todo ano de 2020 e os primeiros meses de 2021, com um impasse sem precedentes sobre o ensino.

É inconcebível que bares, igrejas e academias, por exemplo, foram autorizados antes a receber público, enquanto que as instituições de ensino precisaram manter somente as aulas virtuais. Em um país onde a exclusão digital ainda é uma dura realidade, como ficam as famílias sem acesso à internet de qualidade ou mesmo sem computador em casa?

Todo esse período de interdição do ensino presencial acirrou ainda mais o desequilíbrio existente entre as redes pública e privada. Famílias de baixa renda, moradores do interior, sem acesso à internet de qualidade ou mesmo equipamentos adequados para manter os estudos em casa foram muito prejudicadas no que diz respeito ao processo de aprendizado.

Em determinados níveis de ensino, como no caso da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, quando ocorre a alfabetização, a presencialidade é insubstituível. Mais do que isso, especialistas alertam para os danos cognitivos e os prejuízos pedagógicos, além de aspectos como aumento da violência doméstica, depressão infantil e alimentação saudável comprometida.

O lugar certo para as crianças e estudantes em geral é o ambiente escolar. Claro, desde que respeitados os protocolos de segurança sanitária para toda a comunidade escolar. A vacinação dos trabalhadores da educação consiste, portanto, em decisão estratégica para garantir o funcionamento das instituições de forma segura e afastar qualquer possibilidade de uma nova interdição do ensino.

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