O dia de ontem foi histórico para o RS. O estado foi oficializado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre da febre aftosa sem vacinação. O novo status sanitário abre fronteiras e maiores mercados para a carne gaúcha, além de gerar uma economia relevante aos produtores sem a necessidade de imunização dos rebanhos.
Expectativa do governo estadual é incrementar as exportações em cerca de 1,2 bilhão de dólares por ano com um maior volume de negócios. Projeta-se que a proteína animal produzida no Estado consiga agora alcançar 70% dos mercados até então fechados. A economia estimada sem os procedimentos imunizatórios é de R$ 214 milhões para os produtores gaúchos.
Ato em Brasília oficializou ontem a conquista do RS, com a presença do governador do estado, Eduardo Leite, e da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Afinal, trata-se de um benefício a todo o país. O entendimento é que compradores internacionais passam a olhar com outra perspectiva ao produto gaúcho.
Importante destacar que a conquista é resultado do trabalho não apenas dos atuais gestores, mas também de mandatos anteriores de governo, entidades representativas de todos os entes da cadeia do agronegócio, equipes técnicas das inspetorias veterinárias, entre outros. São cerca de 20 anos de espera até este reconhecimento.
Embora a bovinocultura de corte não esteja tão presente no Vale do Taquari, o novo status sanitário também gera benefício à região, visto que consiste em um conjunto de medidas sanitárias relacionadas às atividades das três carnes que hoje invadem o mundo, incluindo a suinocultura e a avicultura, pilares da economia regional.
Junto com a conquista, vale ressaltar o aumento da responsabilidade para a produção pecuária gaúcha. O desafio a partir de agora é a manutenção deste valioso status, que depende do empenho e engajamento de todo o setor para que não haja retrocessos.