Pelo segundo ano consecutivo, a pandemia frustrou os planos de um dos principais eventos do Vale do Taquari. A edição conjunta da Expovale e da Construmóbil, que celebraria o centenário da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), ficou para novembro de 2022.
O adiamento, de certa forma, não é uma surpresa, visto que o cenário para o decorrer do ano ainda é incerto. A decisão da comissão organizadora teve respaldo interno e compreensão dos expositores e patrocinadores. A Expovale era um dos poucos entre os principais eventos da região a manter sua programação para 2021. A Estrela Multifeira, até o momento, segue confirmada para outubro e novembro.
“Estávamos bem avançados em termos de organização. Em virtude do agravamento da pandemia, acendemos o alerta e acompanhamos de perto a situação. É uma decisão difícil, porque não dá para projetar exatamente como as coisas estarão daqui quatro, cinco meses”, afirma o presidente da Expovale, Miguel Arenhart.
Cerca de 70% dos estandes do evento já haviam sido comercializados. As empresas que já tinham estande reservado têm sua participação garantida para 2022. A organização também teve sucesso na captação de recursos via Lei Rouanet e Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
Controle de pessoas
Uma das preocupações da comissão organizadora era com o fluxo de pessoas dentro do Parque do Imigrante, local que sedia a Expovale e a Construmóbil. Arenhart entende que é difícil ter um controle efetivo do acesso ao local.
“Ficou claro que teríamos de observar um rigoroso protocolo de distanciamento, fato que já dificultaria por si só o sucesso da feira. Seria frustrante para os expositores e o próprio público”, observa Arenhart. Juntos, e com duração estendida, os dois eventos tem potencial para atrair cerca de 100 mil visitantes.
“Vai chegar o momento da retomada dos eventos”
A sétima edição da Estrela Multifeira está prevista para ocorrer entre outubro e novembro, no Porto de Estrela. A comissão organizadora segue com os preparativos para o evento, mas garante estar atenta ao cenário da pandemia para uma possível mudança de data.
“Por enquanto, ele continua marcado, com a prospecção da venda de espaços e captação de recursos via patrocínios culturais. Mas a questão da realização do evento está na mesa. Temos um ponto de corte. Em algum momento podemos chegar e dizer: não vai dar”, admite o presidente da feira, Leandro Kremer.
O próximo mês, para Kremer, será crucial para o futuro da feira. “Daqui duas, três semanas, teremos um novo pico da doença. Talvez não tao forte quanto o de antes. Mas a vacinação tende a encorpar bastante. Vai chegar o momento da retomada dos eventos e a Multifeira pode ser o evento que simbolize isso”, projeta.