Dez meses após a histórica enchente do rio Taquari de 2020, representantes de Defesas Civis de 13 municípios criam grupo para melhorar o combate a desastres naturais ou acidentes. A inciativa partiu da organização de Lajeado e teve ontem a primeira reunião em auditório da prefeitura.
Para o prefeito Marcelo Caumo, o encontro é importante para conhecer os novos responsáveis pelas Defesas Civis e agregar à experiência dos antigos líderes. Ele salientou a importância do cruzamento de dados dos equipamentos eletrônicos e o conhecimento humano, e destacou a frequência recente de eventos adversos. “De todas as situações, a que mais nos preocupa são as cheias”, afirma o chefe do Executivo.
Já o coordenador da Defesa Civil regional de Lajeado, Tenente Coronel Jorge Fernandes, acredita que a comunicação integrada dos municípios auxilia no resgate de pessoas em áreas perigosas e na tomada de decisão certeira. “Quanto mais conhecedor dos riscos locais, mais forte fica a organização. Com isso, conseguimos combater minimizar os eventos mais rapidamente”.
O acúmulo de chuva localizado em determinado ponto pode atingir um município onde não choveu. A imprecisão dos acontecimentos naturais torna mais importante a emissão eficaz de informação entre as equipes locais.
Instrumentos de medição
A precisão dos equipamentos de controle é fundamental para o combate das cheias. A falha do sistema do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no momento mais crítico da enchente de julho do ano passado evidenciou a necessidade de melhores mecanismos para aferição do nível da água e das chuvas.
Em Marques de Souza, há um pluviômetro e uma régua eletrônica instalados, há oito anos, junto à Barra do Fão. Os equipamentos nunca funcionaram.
Os municípios participantes ficaram incumbidos de levantar quantos instrumentos de medição são disponíveis e quais as condições de uso.
Comunicação
Um dos objetivos da reunião é melhorar os alertas emitidos atualmente pela Defesa Civil estadual. Além do contato telefônico frequente, outras ferramentas são necessárias. Em meio a catástrofes, os agentes não podem depender do sinal telefônico.De
acordo com secretário da Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli, há perspectiva da instalação de um canal de rádio entre as defesas civis da microrregião.
O primeiro passo para otimizar a comunicação entre as Defesas Civis foi a criação de um grupo do Whatsapp.
