Os casacos e botas de inverno começam a aparecer nas vitrines das lojas em Lajeado, com o registro de temperaturas mais baixas na região. O frio trouxe boas perspectivas para o comércio este ano e a expectativa do setor é que as vendas mais que dobrem em relação ao mesmo período no ano passado.
Com restrições devido à pandemia, o inverno de 2020 foi fraco para os lojistas. Se antes as vendas eram fortes na troca de estação, no ano passado, os estoques permaneceram cheios. Este ano, por outro lado, o comércio já sente a diferença.
Diretor comercial de uma loja de vestuários e calçados em Lajeado, Vinicius Dullius diz que as vendas já iniciaram fortes faz cerca de duas semanas no estabelecimento, e os itens mais procurados são botas, casacos e peças de lã.
Segundo ele, salvo dezembro, os meses de maio, junho e julho são os períodos de maior movimento na loja, e, apenas neste mês, as vendas quase dobraram em relação a janeiro. Dullius acredita que os números deste inverno serão positivos.
“A gente nem está olhando muito para os percentuais, mas vamos ter um aumento de quase mais de 100% nas vendas em relação ao inverno passado. Esse ano o clima já é outro e a gente está projetando um crescimento muito grande”, afirma Dullius.
Movimento para a estação
Conforme o presidente da CDL, Aquiles Mallmann, em toda troca de estação existe uma perspectiva de aumento nas vendas e, no inverno, os itens mais procurados são peças de vestuário e calçados. No entanto, a procura por eletrodomésticos têm aumentado nos últimos anos, especialmente fogão à lenha e ar condicionado, o que resulta em um dos períodos de melhor movimento para o setor.
“No inverno as pessoas tendem a ser mais caseiras, e a gente vê um aumento também de produtos para dentro de casa. O ramo alimentício também muda com o frio, com o aumento de tele-entregas”, explica Mallmann.
Ele acredita que este ano o comércio está preparado para receber a estação, já que o inverno passado foi comercialmente prejudicado com a pandemia e a instabilidade das regras para os serviços não essenciais.
Mallmann ainda afirma que este inverno será mais vantajoso para o segmento do que os meses passados, e as vendas devem durar até agosto, depois do Dia dos Pais. “Em setembro o pessoal já busca uma troca de estação de novo. Por isso as lojas entram em liquidação”.