Gás acumula 12 meses de alta

Inflação

Gás acumula 12 meses de alta

Em maio, IPCA-15 registrou elevação de 0,44%, maior patamar para o mês desde 2016. Energia elétrica e gastos com o lar foram os principais responsáveis pela elevação

Gás acumula 12 meses de alta
(Foto: Arquivo A Hora)
Brasil

A prévia da inflação foi apresentada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indica nova aceleração nos custos de vida. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), em maio houve um aumento de 0,44%, o maior para o mês desde 2016. Naquele período, o indicador bateu 0,86%.

Conforme o IBGE, no ano o indicador registra alta de 3,27%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação estimada supera os 7,2%. Número bem acima da meta do governo para o ano, que é de 5,25%.

Dos nove grupos 9 grupos pesquisados, apenas um não registrou alta no mês. A energia elétrica (2,31%) teve o maior impacto individual, respondendo por 0,1 ponto percentual do IPCA-15. Item com grande impacto sobre o orçamento de famílias, em especial com renda mais baixa, o gás de cozinha chegou ao 12ª mês seguido de aumento, com 1,45% em maio.

De acordo com a economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar, o índice analisa faixas de renda que vão de um até 40 salários mínimos. “É nossa referência do custo de vida”, resume. Na análise do instituto, a inflação tem mais impacto sobre as famílias conforme sua renda. Com as constantes altas, o Instituto de Pesquisa Aplicadas (Ipea) avalia que as famílias com renda de R$ 900 a R$ 2,4 mil tiveram um aumento nos custos de vida maior.

Carnes: 35,6% mais caras

No grupo “Alimentação e bebidas”, mais uma vez a a alimentação no domicílio foi um dos grupos com mais elevação. Passou de 0,19% em abril para 0,50% em maio. O preço das carnes subiu 1,77%, acumulando aumento de 35,6% nos últimos 12 meses. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços das frutas (-6,45%).

O grupo “Saúde e cuidados pessoais” teve maior impacto sobre o indicador de maio, muito por conta do reajuste de 10% nos medicamentos. Segundo o IBGE, houve aumentos expressivos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%).

A única deflação foi no segmento “Transportes” (-0,23%), influenciado pela queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas. Já a gasolina teve alta de 0,29%, passando a acumular avanço de 41,55% em 12 meses.

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