O que te levou para a música?
O que alimentou meu amor pela música foi uma exposição à ela desde cedo. Quando criança, ouvia frequentemente as bandas preferidas de meus irmãos mais velhos, como Oasis, Guns N’ Roses e Ramones. Desde muito cedo, nutri uma paixão especial, sempre tendo ela me acompanhado em todos momentos de minha vida. Quando criança, até a adolescência, fiz aulas de violão, que contribuíram muito para a minha musicalidade. Porém, só descobri o gosto pela música eletrônica quando passei a conviver com amigos que já tinham contato com o gênero. Uma de minhas maiores influências foi um amigo, que também se chama Luiz Fernando, que já era DJ de música eletrônica há alguns anos. Com ele, aprendi muito sobre as diferentes vertentes da eletrônica e a arte da discotecagem. Eventualmente, vi que apenas pesquisar e tocar não era mais o suficiente, então busquei mergulhar no mundo da produção musical. Realizei um curso de produção musical com outro produtor que reside em Lajeado, o Rafael Cappelli, no início do ano. Considerando todas as influências, acho que o que mais me leva para a música é o amor, respeito e admiração pela mesma.
Como foi o processo de passar de apreciador para produtor?
Após aprender a tocar, comprei uma controladora básica. Gostava bastante de tocar e praticar. Conforme ia pesquisando, comprando e baixando música, fui gravando sets e enviando para amigos ouvirem. Sempre recebi feedbacks positivos, me motivando cada vez mais a pesquisar e praticar. Porém, a pessoa mais difícil de convencer com relação a minha música sempre fui eu mesmo. Após bastante terapia, consegui chutar a porta e entrar de vez no mundo da música.
Qual é o teu estilo musical?
A identidade do meu projeto é o Techno melódico e minimalista. Porém, tenho um grande apreço por diversas vertentes da música eletrônica, como o Psytrance e o Progressive House.
Quais as tuas inspirações?
Me inspiro em grandes nomes do Techno nacional, como o duo Binaryh, Fernanda Pistelli, Mila Journée. Também me inspiro em artistas próximos, como o meu professor Rafael Cappelli e Gabriel Lermen, outro jovem artista lajeadense. Também me inspiro em situações cotidianas e outros estilos musicais. Me inspiro em amigos, em minha família, em minhas gatas de estimação, no contato com a natureza, em experiências positivas e negativas. Acredito que a inspiração possui diversas fontes, nem sempre compreendidas, mas sempre sentidas e refletidas na arte.
Como é a cena de música eletrônica na região?
Vejo bastante crescimento, apesar de não termos festas ainda. Mesmo assim, vê-se diversos artistas despontando e mostrando sua arte ao mundo, simplesmente por amor à música. Vejo um estreitamento de laços entre Lajeado e outras regiões do estado, como Santa Maria e Santa Cruz, com o simples objetivo do avanço da música. Acredito que a música eletrônica gaúcha possui um futuro promissor.
Tens algum sonho?
Que a música eletrônica me leve a conhecer outras cidades, outros estados, outros países e outras partes do mundo.