O Vale do Taquari é uma das poucas regiões no Rio Grande do Sul sem Aviso por parte do governo do estado acerca do cenário da pandemia. Outrora um dos focos da covid-19 em território gaúcho, o cenário hoje está melhor controlado, com níveis de casos ativos e internações hospitalares abaixo da média estadual.
Após meses de uma situação crítica, enfim o Vale vive um período de maior tranquilidade em relação ao vírus que ameaça a humanidade desde o fim de 2019. Com cerca de 13% da população vacinada, contudo, baixar a guarda agora poderia surtir efeitos catastróficos já nas próximas semanas.
Conforme epidemiologistas de todo o país, há uma tendência de novo agravamento da pandemia no Rio Grande do Sul, a partir de um novo crescimento abrupto de contágios no interior. Regiões muito próximas ao Vale, como Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul, que compõem a macrorregião onde está situada a área de Lajeado, se deparam hoje com dias difíceis que inspiram alerta máximo.Enqu
anto a vacinação avança em ritmo lento, a perspectiva de uma melhora significativa e de volta à normalidade ainda é tímida. Não é momento de relaxar os cuidados, e isso depende não apenas das autoridades públicas mas de toda a sociedade. Manter a atenção quanto aos protocolos sanitários exaustivamente disseminados segue como condição para evitar a piora do quadro.
Importante lembrar que um retrocesso agora no combate à doença pode representar, além de vidas em risco, a volta de restrições às atividades produtivas. Depois de tantas turbulências nos últimos meses, há setores que não aguentam mais tantas penalizações, o que pode agravar o cenário de crise socioeconômica, falências e desemprego.
A comunidade regional precisa continuar mobilizada para manter a curva epidemiológica achatada enquanto a imunização avança. Vale destacar que, especialmente no RS, as baixas temperaturas típicas desta época do ano, mesmo antes de iniciar o inverno, fazem elevar os casos de doenças respiratórias, o que naturalmente demanda bastante da rede hospitalar.
