Vereadores rejeitam sessões semanais

Cruzeiro do Sul

Vereadores rejeitam sessões semanais

Apenas três parlamentares foram favoráveis a ampliar frequência de reuniões na câmara. Na região, 18 parlamentos não têm atividades semanais

Vereadores rejeitam sessões semanais
Atualmente, reuniões ocorrem na primeira e terceira quarta-feira de cada mês (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Desde 1998, ano em que foi publicado o regimento interno, a Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul promove duas sessões ordinárias por mês, sendo o município mais populoso da região a não ter encontros semanais no plenário. Uma proposta, apresentada recentemente, tentou modificar o calendário, mas acabou derrubada pelos parlamentares.

O projeto de resolução, apresentado por Demétrios Lorenzini (PL) e subscrito por duas colegas, Daiani Maria e Marni Trentini Ledur, ambas do MDB, estabelecia sessões semanais. A proposta tramitou durante pouco mais de um mês, até ser rejeitada na sessão do dia 5 de maio.

Apenas os três propositores votaram a favor da matéria, enquanto os demais foram pela reprovação. Com isso, permanecem as sessões ordinárias sempre na primeira e terceira quarta-feira de cada mês, com exceção do período de recesso parlamentar.

Lorenzini não escondeu a decepção com a rejeição ao projeto. Para ele, a população tem grande expectativa com a nova legislatura, que teve renovação de quase 90% em relação à anterior. “Julgava que esta nova composição entraria para a história da Câmara, propondo sessões semanais. A população esperava pela aprovação”, lamenta.

“Demandas não podem esperar 15 dias”

Para Lorenzini, não faz sentido o legislativo cruzeirense ter apenas duas reuniões mensais, enquanto municípios menores têm Câmaras com sessões toda semana. Caso de Coqueiro Baixo, cidade de 1,4 mil habitantes e sessões todas as segundas-feiras.
“As demandas da comunidade não podem esperar 15 dias. Também há projetos importantes do Executivo que também precisam de maior agilidade para votação”, ressalta. Aponta, ainda, que o projeto não implica em mais custos à Câmara.

Na sessão em que o projeto foi rejeitado, o vereador Isidoro Weschenfelder (PP) defendeu que o Executivo precisa dar mais atenção à conclusão dos pedidos. Porém, acredita que as sessões extraordinárias, que são convocadas quando há necessidade, suprem a falta de sessões semanais. Ele também afirmou que, nas quartas-feiras sem reuniões, visita moradores e busca soluções para demandas da comunidade.

Novo projeto em 2022

Como foi rejeitado em plenário, o projeto de resolução foi arquivado. Apesar da reprovação, Lorenzini afirma que não desistiu de mudar o calendário das sessões. A ideia, conforme ele, é protocolar o projeto novamente em 2022. “Vamos tentar e esperamos que tenha aceitação unânime da próxima vez”, confia o parlamentar.

Acompanhe
nossas
redes sociais