“Precisou da Lei Maria da Penha para as mulheres se reconhecerem em uma violência”

POLÍTICAS PÚBLICAS

“Precisou da Lei Maria da Penha para as mulheres se reconhecerem em uma violência”

Bianca Feijó e Christiana Garcia participaram de entrevista e destacaram ações para a redução dos casos de violência doméstica e também a implantação de políticas públicas em Lajeado voltadas à inclusão e de formação de jovens em vulnerabilidade

“Precisou da Lei Maria da Penha para as mulheres se reconhecerem em uma violência”
(Foto: Ana Carolina Becker)
Vale do Taquari

Políticas públicas para jovens em situação de vulnerabilidade e os índices de violência contra a mulher foram pautas do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 25, com a diretora de Políticas para as Mulheres no Rio Grande do Sul, Bianca Feijó, e a facilitadora e professora de gastronomia de projetos sociais para formação de jovens em área de vulnerabilidade, Christiana Garcia.

Segundo Bianca, o trabalho de políticas para mulheres tem o propósito de articular com os municípios projetos para redução de violência nos lares. “O feminicídio estamos conseguindo reduzir, apesar da pandemia. Isso tudo é por conta do trabalho de fortalecimento com os municípios porque quanto mais se fala sobre o assunto, mais as mulheres ficam informadas e buscam ajuda”. Dados mostram que em 2018 foram registrados 78 feminicídios, número que caiu para 116 em 2019 e no último ano para 76.

A denúncia da agressão física pode ser feita por meio da Delegacia On-line e também pelo número de WhatsApp (51) 984440606, válido para todo o Rio Grande do Sul. “Antes da agressão física, sempre surgiu a violência psicológica e ela é difícil de ser comprovada. Precisou da Lei Maria da Penha para as mulheres se reconhecerem dentro da violência. Afora isso, muitos homens também entenderam que a violência que praticam contra as mulheres é crime”, pontua.

Na agenda em Lajeado, Bianca também participaria de uma reunião para conhecer o Lajeado pela Paz. Na qual a intenção, segundo Christiana, a ideia é oportunizar cursos profissionalizantes para jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade. A intenção é desenvolver o trabalho também dentro do presídio de Lajeado.

A entrevista na íntegra pode ser ouvida abaixo

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