O aniversário de 145 anos de uma das cidades mais importantes do Vale do Taquari mais uma vez será diferente. Ao invés das tradicionais festas ligadas à cultura dos antepassados, as comemorações precisam se adaptar, pois a pandemia modifica a interação entre as pessoas.
Ainda assim, a importância da data se impõe. Tanto pela representatividade de Estrela à região, quanto pelo momento de relembrar o passado. Rever erros e acertos, para depois se projetar o futuro é uma experiência necessária em datas como estas.
Justo por essa relevância se percebe que a identidade do Vale do Taquari enquanto região tem muitos traços de Estrela. A vocação para produzir alimentos, o empreendedorismo em busca de novos caminhos e uma atuação comunitária tão característica deste pedaço do Rio Grande do Sul.
Na história recente, o município precisou aprender depois do tombo da Polar. A dependência econômica daquela que era a maior indústria da cidade exigiu novos caminhos. Essa dinâmica trouxe resultados e hoje Estrela está entre as maiores economias do Vale do Taquari, inclusive com destaque em âmbito nacional no setor da pecuária leiteira.
Outro ponto que desperta atenção está nos potenciais logísticos e produtivos do município. Tanto que motiva uma incursão de diferentes forças sociais do Vale e até de outras regiões gaúchas na busca por destravar essas amarras.
No centro dessa estratégica está o porto. A análise dos setores produtivos é de que a dependência das rodovias como única forma de escoar produções é um equívoco. Tanto para a cidade aniversariante quanto à região, é preciso aproveitar esses potenciais e usá-los como aceleradores do desenvolvimento social e econômico.
Ainda que haja diferenças em termos de interesses e pensamentos, o movimento regional busca mais sintonia para serem estabelecidos planos. Esses são aspectos que levam a olhares estratégicos sobre o município. Por isso, a atenção de todo o Vale, tanto dos empreendedores quanto dos movimentos políticos, estão sobre Estrela.