Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID), com isso foi instituído o Dia Internacional de Combate à LGTBfobia. A professora universitária e ex-delegada, Elisabete Barreto Müller, lembrou da data durante o programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, desta terça-feira, 18.
Para falar sobre o tema, a comentarista usou o exemplo do humorista Paulo Gustavo, que morreu em 4 de maio, devido a complicações da covid-19. Conforme a professora, a morte do artista que era homossexual trouxe comoção nacional, contudo, nem o momento de dor da família foi respeitado. “Teve gente que destilou ódio e preconceito. Não dá para imaginar que as pessoas sofrem pela sua orientação sexual”, aponta.
Segundo a comentarista, esse preconceito vem em formas de piadinhas e frases de deboche para desmerecer o ser humano.
Elisabete relembra uma fala dita pelo presidente Jair Bolsonaro: “prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”. Para ela, a forma como os governantes agem e falam também influenciam os seus simpatizantes.
De acordo com a ex-delegada, a campanha da fraternidade deste ano tinha como tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”. Ela conta que a campanha foi atacada por setores conservadores, pois o texto-base condenava a violência contra a mulher, negros, indígenas e LGBTs. “Fico perplexa com o fato de uma campanha que prega a paz ser atacada”, afirma.
A professora universitária ressalta que “não precisa ser homossexual para combater a homofobia”. “Eu e meu marido somos héteros e educamos nossos filhos para o respeito. Pois penso que as palavras são importantes, mas os exemplos vão guiando”, salienta.
Elisabete reforça que as opiniões devem ser respeitadas, mas quando ela é criminosa precisa ser combatida. “Essas condutas homofóbicas são crime. Temos o dever como cidadão de repudiar qualquer fala preconceituosa”, pontua.
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