A região segue em preparação para efetuar o controle da pandemia, após o fim do sistema de bandeiras. Cerca de um ano depois de entrar em vigência, o modelo de Distanciamento Controlado do governo do estado fica para trás e dá espaço a um novo sistema, em que os prefeitos e associações municipais têm mais influência.
Na sexta passada, o funcionamento do novo método foi anunciado pelo governador do estado. Todo aquele controle que trazia a situação de cada uma das 21 regiões do estado, com cores indicando o grau de gravidade do ritmo de contágios e da ocupação hospitalar, foi resumido a um modelo mais simples. Após um ano de desgaste, questionamentos e críticas, o Piratini abre mão da estratégia.
É de se compreender a cautela do governo gaúcho. Alvo de reclamações e tensionamentos, o sistema de bandeiras trouxe suas contribuições para o período inicial da pandemia, mas após tantos ajustes e cedências, perdeu precisão e credibilidade. Com o novo modelo, o Estado deixa de ser protagonista nesse controle e amplia a autonomia das regiões.
Por parte do Piratini, caberá fiscalizar o cumprimento de regras gerais. Por meio dos três “As” (Aviso, Alerta, Ação), os dados de cada região serão acompanhados todos os dias.
Em caso de agravamento da pandemia, o Estado poderá interferir se a resposta de ação da localidade apontada pelo alerta seja considerada insuficiente pelo quadro técnico.
Independentemente por quem será feito o monitoramento, a racionalidade e o equilíbrio precisam estar sempre presentes como balizadores da tomada de decisões. Tanto a preocupação econômica como a com a saúde pública precisam estar presentes neste novo modelo. No caso do Vale do Taquari, os líderes e representantes já se articulam para efetuar esse controle.
Vale lembrar que, embora o sistema de bandeiras tenha ruído, a pandemia está longe de terminar. E pelas tendências analisadas, uma nova onda de contágios pode se alastrar pelo estado nas próximas semanas. A autonomia, portanto, concedida às regiões, deve ser acompanhada de extrema responsabilidade.