A invasão das palometas e piranhas nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul movimenta órgãos estaduais e universidades em estudos na busca por explicações sobre o impacto predatório desse ser vivo para as regiões.
Na sexta-feira, 14, o Ibama, órgãos estaduais e universidades estiveram em um encontro virtual para falar sobre a invasão das palometas e piranhas. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta segunda-feira, 17, o analista ambiental do Ibama, Maurício Vieira de Souza, explicou que as invasões ocorrem quando há um desequilíbrio ambiental. “O que se sabe é que é muito difícil combater uma invasão dessas. A palometa está se estabelecendo no ambiente, ela tem uma explosão populacional”, comenta.
Ou seja, é impossível conter a invasão nessas situações. “É uma explosão porque o ambiente não teve um movimento contra esse invasor”, pontua. A intenção do grupo, a partir da reunião, é tentar definir onde ocorre a entrada desses animais. “Não é a primeira espécie a passar do rio Uruguai para o Jacuí, mas elas não representaram tanta preocupação. Agora temos que mapear os locais de conexão entre as bacias”, diz.
A eclusa do rio Jacuí, se estivesse em funcionamento, poderia ter evitado a proliferação desses animais. “Vimos que passou e que não era suficiente o que tínhamos”, observa. Na fase adulta não há predador para as espécies, mas na fase de ovos e filhotes existem.
Risco para banhistas
Comum na fronteira do Brasil com o Uruguai, palometas e piranhas são contidas nos balneários das regiões com boias de peso e redes. “O que se tem de relato de ataque é somente a mordida”, diz.
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