Preço das carnes sobe 35% em 12 meses

Mais caro

Preço das carnes sobe 35% em 12 meses

Inflação ultrapassa meta do governo e atinge 6,76%. Alimentos seguem como itens que mais pressionam o orçamento das famílias

Preço das carnes sobe 35% em 12 meses
(Foto: Filipe Faleiro)
Brasil

O IBGE divulgou na terça-feira, 11, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para abril, ficou em 0,31%. Na comparação com o mês anterior, houve desaceleração dos preços. Março o aumento foi de 0,93%. Apesar disso, a taxa atual é bem superior ao mesmo período de 2021, quando houve deflação de 0,31%.

Quando se olha para os últimos 12 meses é possível ter uma noção mais real do impacto dos preços no custo de vida. Pelos dados do IBGE, de março do ano passado até abril de 2021, a inflação acumula alta de 6,76%, acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (5,25%).

Dos grupos pesquisados, os alimentos apresentam as altas mais constantes ao longo dos últimos meses. Entre estes produtos, destaque para as carnes. O ingrediente que está na base das preferências do gaúcho acumula alta de 35% em 12 meses.

“Isso tem a ver com os custos de produção, sobretudo por causa da ração animal, produzida com milho e soja, que são commodities que estão com os preços em alta”, frisa o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Essa aceleração do IPCA analisa todas as faixas de renda, afirma a economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar. De acordo com ela, o índice é a principal referência do custo de vida no país, pois considera uma cesta de bens e serviços que vão de pessoas que recebem um até 40 salários mínimos.

Preço dos medicamentos

Enquanto os alimentos se mantêm com elevação constante nos últimos meses, abril trouxe também impacto sobre as compras nas farmácias. A alta se aproximou dos 2,7%, com interferência de 0,09 ponto percentual sobre o IPCA do mês.

Tal resultado tem relação com o reajuste de até 10,08% dos produtos farmacêuticos, autorizados pelo governo federal no dia 1º de abril. A variação mais acentuada foi nos remédios anti-infecciosos e dos antibióticos (5,20%).

Em seguida, os maiores percentuais foram vistos em artigos pessoais, como perfumes (3,67%), maquiagem (3,07%), papel higiênico (2,9%) e produtos para o cabelo (1,21%).

Resultado do IPCA por grupo

Oito dos nove grupos tiveram alta de preços em abril. O único com queda de preços foi transportes (-0,08%). Os combustíveis tiveram redução de 0,94%, com 0,44% na gasolina e 4,93% no etanol.

  •  Alimentação e bebidas: 0,40%
  • Habitação: 0,22%
  • Artigos de residência: 0,57%
  • Vestuário: 0,47%
  • Transportes: -0,08%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,19%
  • Despesas pessoais: 0,01%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,08%

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