O registro do aparecimento de piranhas e palometas no Rio Taquari preocupa. O biólogo especialista em zoologia, Hamilton César Zanardi Grillo, acredita que um estudo possa auxiliar para avaliar como está a proliferação.
Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta segunda-feira, 10, destacou que as palometas e as piranhas chegaram até o rio Taquari devido aos canais de irrigação que fazem conexão com diversas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, o que causa diversos problemas.
O aparecimento dessas espécies na região está atrelada, segundo ele, pelas conexões feitas artesanalmente nos rios. “Acho difícil retirar. A água é uma coisa difícil de lidar. O que coloca lá dentro para depois ajeitar é complicado. Esses animais normalmente na bacia de origem possuem predadores na fase juvenil, o que garante um controle, mas aqui a estrutura é diferente”, diz.
Tendo em vista que as espécies existentes na região não evoluíram com a presença desse tipo de predador, o que gera um impacto. “Não há como eliminar, acredito que seja mais uma situação para se conviver”, pontua.
Há possibilidade, de acordo com ele, das duas espécies estarem se proliferando no rio. As palometas possuem a barriga avermelhada e focinho pontiagudo. Já a piranha é mais escura com o focinho arrendondado.
Conforme biólogo, as palometas devem escolher locais próximos a margem dos rios e com pouca pedra para se reproduzir. A reprodução ocorre no verão e, se ocorrer algo contra esse local onde estiverem os ovos para reprodução, pode ocorrer ataque de palometas.
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