O programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, conversou com o consultor de empresas Fernando Röhsig, na manhã desta segunda-feira, 10. No comentário semanal avaliou os indicadores econômicos para 2021.
Conforme o comentarista, a vacinação contribui para a melhora nas projeções do mercado brasileiro. Ele ressalta que as primeiras vítimas da covid-19 foram os idosos. Cerca de 85% de mortes era na faixa etária superior a 60 anos. “Se vacinamos este grupo prioritariamente, nós fazemos um grande movimento. A retomada de confiança é muito importante para a economia”, afirma.
De acordo com o Relatório Focus, o IGP-M chega a 32%, enquanto o IPCA está em 5,06%. Segundo o consultor empresarial, o aumento da Taxa de Juros pelo Banco Central começa a deteriorar o dólar, que fechou esta semana em R$ 5,22.
Já a Taxa Selic subiu em 3,5% e estão previstas mais duas altas em junho e julho de 0,75% e 0,5%. Com isso, a projeção para o fim do ano é de 5%. “Alguns economistas dizem que deve chegar a 5,5% em dezembro. Mesmo que a taxa chegue a este número, com uma inflação de 6 e 7%, isso continuará negativo”, pontua.
Para Röhsig, estas taxas devem atrair não investidores, mas sim especuladores. “Porque o dólar virá com uma taxa de juros menor do que nos Estados Unidos”, afirma.
Segundo ele, se o dólar continuar nessa velocidade, o valor para o fim do ano será abaixo de R$ 5. “Isso vai ajudar a segurar a inflação, o combustível e outros produtos que são baseados no câmbio. Essa vai ser a principal ferramenta de política monetária”, explica.
A economia vem reagindo com a retoma das atividades. O PIB pela terceira semana cresceu e o IGP-M chega a 14,8%, número alto, mas que deve ter deflação.
Ouça o comentário de Fernando Röhsig na íntegra:
