Um corredor ecológico

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Um corredor ecológico

Vale do Taquari

A notícia sobre a tentativa de reduzir de 100 metros para 30 metros a Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Taquari, em Lajeado, gerou repercussão negativa. É uma reação um tanto óbvia por parte de uma parcela da sociedade lajeadense. Afinal, falar em diminuir uma linha imaginária que preserva o meio ambiente é sempre um tema espinhoso. Mas é preciso ir além. As primeiras normas de proteção dos recursos naturais do país remontam aos séculos XVI e XVII, quando o Brasil era colônia portuguesa. Desde então, as regras mudam de tempos em tempos.

Lá em 1521, por exemplo, proibia-se a caça de certos animais e tipificava-se como crime o corte de árvores frutíferas. Quase 100 anos depois, proibia-se o depósito de materiais nos rios que pudessem provocar a morte de peixes. Na época do Império, foram aprovadas novas normas foram aprovadas, visando instruções para o plantio regular nas “Florestas da Tijuca e das Paineiras”, a fim de recuperar os mananciais da cidade pelo reflorestamento. Já as chamadas APP´s foram definidas durante o Regime Militar. Mais precisamente com a divulgação do novo Código Florestal, em 1965.

Resumindo, não é de hoje que se discutem formas de preservação ambiental, e faz tempo que essas normas são alteradas de acordo com interesses e mudanças de paradigmas, digamos assim. A mudança preterida por Lajeado (e que pode ser copiada por Arroio do Meio, Colinas, Estrela, Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul) garante a mesma APP de Porto Alegre, por exemplo, onde a distância máxima já é de 30 metros a partir da margem do Guaíba. E visa, segundo os interlocutores, permitir novos empreendimentos em uma cidade com pouquíssimas áreas para extensão.

É um tema espinhoso, reforço. Mas o debate é necessário. Especialmente em uma cidade que cresceu a partir do rio, e que já possui inúmeras intervenções urbanas em distâncias muito menores do que os aguardados 30 metros. Por outro lado, é preciso ficar atento. Se o radicalismo de alguns ambientalistas é preocupante, um eventual radicalismo por parte de investidores tende a ser muito mais danoso para toda a sociedade. Acima de tudo, é preciso bom senso e equilíbrio!

Cachorrada

Os vereadores de Arroio do Meio estão preocupados com o excesso de cachorros abandonados em vias e terrenos públicos, e também dentro das residências. Na sessão de quarta-feira, e diante da ausência de projetos de lei na Ordem do Dia, os parlamentares debateram o tema canino. O assunto foi levado ao plenário pelo vereador Vanderlei Majolo (PP) e endossado por Roque Haas, o Rocha, do mesmo partido. Majolo afirma que há excessos por parte de muitos moradores e sugere a criação de uma Lei que limite o número de animais por propriedade.

88

Em Arroio do Meio, o número de crianças na fila de espera na Educação Infantil diminui após melhorias em dois educandários. Eram 150 crianças, e hoje são 88. A informação é do vereador José Elton Lorscheiter (PP), o popular “Pantera”.

Ouvidor

O governo municipal nomeou o ex-vereador Ildo Salvi (PSDB) para exercer Cargo em Comissão de Ouvidor-Geral, padrão CC 4, na Secretaria Municipal de Administração. O tucano que já passou pelo PT e Rede Sustentabilidade iniciou os trabalhos nessa quarta-feira.

Rotativo

O estacionamento rotativo voltou ao debate na Câmara de Arroio do Meio. Os vereadores Adiles Meyer e Marcelo Schneider, ambos do MDB, destacam a necessidade da volta de “alguma modalidade para aumentar a rotatividade dos veículos nas vagas de estacionamento na área central, principalmente em função da volta às aulas e o aumento da movimentação no comércio local”.

Forneck em Brasília

O prefeito de Teutônia, Celso Forneck (PDT), voltou ontem à noite de Brasília. Na capital federal, o pedetista de primeiro mandato foi buscar recursos para uma série de áreas: educação, obras, agricultura, infraestrutura e até para a causa animal. Mas o principal objetivo da viagem é angariar recursos para zerar a fila de cirurgias eletivas. Hoje são 525 pacientes em espera, já cadastradas no SUS. Para custear os processos, o governo municipal estima um teto de R$ 2,4 milhões.

No Facebook

O modelo já existe em Lajeado e Teutônia, e agora passa a funcionar em Estrela. A transmissão das sessões plenárias da Câmara de Vereadores no Facebook iniciou nessa segunda-feira no município. É uma forma prática e barata de garantir mais transparência aos serviços prestados pelos parlamentares. É também uma forma de registrar todos os posicionamentos para a posteridade.

Agência de Inovação e Desenvolvimento

Saiu do papel. Após mais de 30 anos de debates, está efetivamente criada a tão sonhada Agência de Inovação e Desenvolvimento Local, a AGIL. Criada nos corredores do Pro_Move Lajeado, sob a tutela de diversos agentes representantes das quatro hélices de inovação, a nova associação terá a missão de “vender” o nosso Vale do Taquari para investidores e empreendedores ávidos pela criação de novas soluções para velhos problemas. O objetivo final é gerar renda, conhecimento e qualidade de vida para as nossas populações locais. À frente do desafio, o administrador Cristiano Zanin, escolhido para ser o Executivo da AGIL. E o trabalho já inicia na próxima segunda-feira.

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