Buracos impedem retorno de três séries na Escola Fernandes Vieira

Impactos da enchente

Buracos impedem retorno de três séries na Escola Fernandes Vieira

Dez meses após a enchente do rio Taquari, salas de aula ainda apresentam buracos no assoalho causados pela cheia. Conforme Coordenadoria Regional de Educação, trâmites burocráticos travam início da obra de reparo

Buracos impedem retorno de três séries na Escola Fernandes Vieira
Buracos no assoalho impedem retomada segura das aulas presenciais para quatro turmas em escola estadual (Foto: Ramiro Brites)
Vale do Taquari

Após o impasse sobre a volta das atividades presenciais, a rede estadual de ensino retoma, nesta semana, as aulas no espaço escolar. Os estudantes dos 6º, 7º e 8º anos da Escola Fernandes Vieira, porém, não terão essa alternativa. Os trabalhos seguem apenas no modelo remoto pois não há lugar adequado para receber os alunos.

Após a enchente de julho de 2020, três salas de aula, a sala dos professores, da coordenação e de informática estão com buracos no assoalho. A infestação de cupins na estrutura do colégio é antiga, a situação foi agravada pela cheia que ocorreu há dez meses.
Conforme a diretora Carma Marder, em setembro do ano passado, um projeto arquitetônico foi encaminhado ao Estado. O governo alegava que a reforma não ocorreu pelo excesso de demandas em virtude da enchente e da pandemia.

Em nota, a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) informa que já há uma empresa vencedora do certame para realização do projeto. A obra custará R$ 91,3 mil. O Estado ainda reserva o recurso no orçamento para o empenho do trabalho. Após o trâmite, será feito o contrato e emitida a ordem de início do serviço. O prazo máximo para conclusão é de 60 dias a partir do começo da reforma.

Mais tempo em casa

Sandra Horn da Silva assinou ontem o termo de compromisso para os dois filhos retornarem às aulas presenciais. Stephane, 10, aluna do 5º ano, diz estar animada com a volta. O irmão, Arthur Vinícius, 13, cursa o 7º ano e terá que esperar mais tempo para a volta.

Sandra vê a situação como um descaso do governo estadual. “Isso só prova que o governo não está preocupado com o ensino”, alega. Conforme ela, os filhos têm dificuldade de concentração nas aulas virtuais. “Eles desligam a câmera, aí levantam vão fazer um suco, depois voltam”, relata.

Enquanto aguarda a adequação das salas, o colégio encaminha materiais para serem trabalhados em casa. Uma vez por semana, os estudantes que sentem dificuldade no aprendizado podem agendar horário para sanar dúvidas com os professores.

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