“Nossa luta é por preservar mais vidas”

Mães e pais pela democracia

“Nossa luta é por preservar mais vidas”

Advogado da associação participou de entrevista no programa A Hora Bom Dia para falar sobre a mobilização da entidade contra o decreto que autoriza o ensino presencial

“Nossa luta é por preservar mais vidas”
(Foto: Reprodução)
Vale do Taquari

O Governo do Estado autorizou, na última semana, a retomada das aulas presenciais. No entanto, a Associação de Mães e Pais pela Democracia ainda segue mobilizada contra o decreto que autoriza o ensino presencial no território gaúcho.

Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 4, o advogado da associação Emanuel Corrêa destacou que os números ainda são preocupantes para deixar com que as crianças retornem às salas de aula. “Continuamos no mesmo patamar de 26 de fevereiro quando foi estabelecida a pandemia preta no RS e continuamos na mesma situação. A democracia não pressupõe o direito a uma questão que afeta a vida. Nossa luta é por preservar mais vidas”, pontua.

Com a suspensão das aulas, as crianças acabam ficando com outras pessoas, ao invés dos pais que precisam trabalhar. Indagado sobre a sala de aula ser mais segura que esses locais, destacou: “Nós temos conhecimento sobre essas situações. A associação é feita por mães e pais de todas as condições financeiras. As aulas estão suspensas há mais de um ano porque quando o governo criou o modelo de distanciamento controlado a suspensão das aulas se dava em bandeira laranja. Nesse mais de um ano o que ele fez de concreto para garantir renda a essas famílias? Ou para garantir que esses familiares não precisassem sair de casa para buscar sustento? O governo não movimentou nenhuma questão”, pontua.

Ao voltar o modelo de distanciamento controlado para bandeira vermelha na última semana, Corrêa destaca que Eduardo Leite não ouviu a parte técnica. “Foi um canetaço, sem ouvir o corpo técnico. Houve pressão das bases aliadas que o plebiscito só seria votado se as aulas voltassem”, diz.

No encontro realizado na segunda-feira, 3, o governador não apareceu para visualizar as propostas que eram levadas. “Nós pretendemos sentar na nova sessão [na quarta-feira] para tentarmos um desfecho. A ideia é novamente levar propostas, estamos dispostos a deliberar, sentar e conversar”, comenta.

Sobre a associação

A Associação Mães e Pais pela Democracia nasce em 2019, a partir de um movimento de pais no Colégio Rosário, em Porto Alegre. Depois, cresceu no número de associados com representantes de todas as regiões do estado. Hoje, participa de diversos movimentos pela educação.

Ouça a entrevista na íntegra

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