Dia do Trabalho ou do trabalhador?

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Dia do Trabalho ou do trabalhador?

A dúvida surge a cada ano no dia 1º de maio. Afinal, comemoramos o Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador. A resposta exige uma compreensão do contexto histórico que culminou  no feriado comemorado em 80 países ao redor do mundo.

A data remonta ao fim do século XIX, época em que os trabalhadores viviam sob condições degradantes, com jornadas de 14 horas diárias e salários miseráveis. A mão de obra infantil era amplamente utilizada e era comum ver mulheres grávidas realizando trabalhos braçais em locais insalubres e inseguros.

Diante da total falta de direitos, a mortalidade laboral era altíssima e a situação extrema provocou mobilizações. No dia 1º de maio de 1886, milhares de operários saíram às ruas de Chicago, nos EUA, em protesto cobrando jornada máxima de oito horas por dia, entre outras regularizações.

Quando uma bomba explodiu junto às forças policiais, matando um agente e ferindo outros sete, a polícia atirou contra a multidão, matando quatro pessoas e ferindo dezenas. A manifestação se tornou uma greve generalizada, tomou conta do país e forçou as autoridades a regularem as relações de trabalho. Nasceu assim o Dia do Trabalhador.

Voltamos para o século XXI. A cada dia, as máquinas e computadores executam novas tarefas e substituem o trabalho humano, sem descanso, férias ou salário. Essa realidade obriga o trabalhador moderno a se reinventar, abandonando tarefas repetitivas e assumindo funções que não podem ser substituídas por máquinas – em especial as ligadas à criatividade.

Mesmo se deixarmos de lado os aspectos históricos, o dia continua sendo do trabalhador. Afinal, o trabalho pode ser executado por máquinas, animais ou mecanismos de inteligência artificial. Mas nada substitui a humanidade de um trabalhador. O dia de hoje é de todos nós.

Boa leitura!

A esperada retomada dos eventos

Maio será marcado pela retomada dos eventos corporativos presenciais no Estado. O primeiro deles será o Gramado Summit, que ocorre de 5 a 7 de maio na Serra. A organização estipulou um rigoroso protocolo de segurança para evitar contaminações pela Covid-19. As medidas foram acertadas com o Governo do Estado – articulação importante para evitar conflitos e judicializações.

Com a mudança nos protocolos das bandeiras, os organizadores da Estrela Multifeira 2021 anunciaram a retomada da venda de estandes. Previsto para o fim de outubro, o evento deve ocorrer em período muito mais favorável. Espera-se (torço muito por isso) que até lá os índices de imunização avancem a ponto de representar a normalidade da feira.

No ano passado participei da Mercopar, primeiro evento empresarial presencial pós-pandemia. Com rígidos protocolos de segurança, a feira tecnológica com foco no setor metal-mecânico indicava uma retomada gradual, mas firme, tanto dos eventos quanto das movimentações econômicas. Veio o fim do ano, a segunda onda da pandemia e voltamos a estaca zero.

Agora, a esperança é de não retroceder. No Vale do Taquari, além da Multifeira, teremos um grande evento unindo as tradicionais Expovale e Construmóbil. Além de marcar a retomada, as feiras carregarão o importante simbolismo de que o pior já passou.

Crédito: Frederico Sehn/Divulgação

Marcante e Atual

“Sinto que o jovem idealiza algo, mas não se da conta que tem um trabalho importante para ser feito, que precisa estar disponível e se entregar. Tem que aprender a carregar o piano. As vezes percebemos que essa geração pensa já saber tudo e ter uma expectativa muito alta sobre onde quer chegar. Eles têm todas as qualificações e qualidades do pensar digital, mas precisam ir atrás. Mas, também tem muita gente boa, com vontade de trabalhar e apreender.”

Thais Reali – Diretora da Reali Hub for Innovation em entrevista para o caderno Negócios em Pauta de Maio de 2017

Thais Reali – Diretora da Reali Hub for Innovation

Criatividade em debate

Lajeado foi uma das 120 cidades participantes do Word Creativity Day – evento global promovido pela Organização das Nações Unidas que incentiva a criatividade. Entre os dias 21 e 22 de abril, o evento reuniu centenas de palestrantes e milhares de participantes de todo o mundo para debater um tema que é fundamental para a inovação – e para o futuro do trabalho.

Para o aquecimento do evento, a Acil promoveu no dia 20 um bate-papo com o sócio e professor da Perestroika – Escola de Metodologias Criativas, Jean Rosier. A transmissão teve participação da líder local do evento, a jornalista e empresária Danielle Harth, e do diretor de Tecnologia e inovação da Acil, Eduardo Pittol.

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