“É um problema nacional que vem de um inimigo potente”

ENTRE ASPAS

“É um problema nacional que vem de um inimigo potente”

Médico Hugo Schünemann reforça os cuidados em relação a dengue na programação da Rádio A Hora 102.9

“É um problema nacional que vem de um inimigo potente”
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

O programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, conversou com o médico Hugo Schünemann na manhã desta sexta-feira, 30. Em seu comentário semanal, repercutiu o aumento de casos de doenças transmitidas pelo aedes aegypti e a importância de cada um fazer a sua parte no combate ao mosquito.

O comentarista observa que o Estado decretou emergência devido à febre amarela e que o surto de dengue no Vale do Taquari preocupa. Conforme ele, o aedes está presente em áreas urbanas, enquanto o da febre amarela existe em florestas e áreas rurais.

“A preocupação é de que alguém da área rural esteja com febre amarela, seja picado pelo aedes e este transmita para outras pessoas”, explica.

O médico ressalta que a dengue é uma doença séria. Durante o período de 10 a 12 dias, o paciente pode ter dores nas articulações, no corpo e na cabeça. “Tem vários tipos de dengue. Um deles leva à hemorragia com grande chances de chegar a óbito”, afirma.

Conforme Schünemann, paralelo à dengue tem o zika vírus. Apesar de apresentar menos sintomas, alguns casos evoluem para doenças neurológicas graves.

Outra doença transmitida pelo aedes aegypti é a chikungunya, muito perigoso para as grávidas. “O bebê nasce com microcefalia, ou seja, o cérebro menor. Essa criança não terá vida normal”, aponta.

Segundo o comentarista, o mosquito estava controlado em 1960, mas com o crescimento urbano descontrolado, retornou. “É um problema nacional que vem de um inimigo potente”, salienta.

O médico reforça para que todas as pessoas se cuidem, pois o combate ao mosquito é responsabilidade da sociedade. “O combate não é pelo prefeito, governador e presidente. É feito pelo indivíduo”, pontua.

Para Schünemann, cada um deve “olhar para o que tem dentro de casa e observar o que possa favorecer a reprodução do aedes”. “Seria ruim para a região sair do coronavírus e entrar em uma epidemia grave de dengue”, alerta.

Ouça o comentário de Hugo Schünemann na íntegra:

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