“Um detento custa cinco vezes mais que um aluno da rede estadual”

PROJETO DE LEI

“Um detento custa cinco vezes mais que um aluno da rede estadual”

Deputado Estadual propõe projeto de lei para que detentos paguem por suas despesas nos presídios gaúchos. Com o valor, seria possível ampliar a estrutura prisional do estado

“Um detento custa cinco vezes mais que um aluno da rede estadual”
(Foto: Larissa Santos)
Vale do Taquari

Um projeto de lei de autoria do deputado estadual Mateus Wesp (PSDB) propõe que detentos paguem por suas despesas nos presídios gaúchos. Em entrevista ao programa Redação nas Ruas, da Rádio A Hora 102.9, na tarde desta quinta-feira, 29, destacou que isso possibilitaria mais recursos ao governo para melhorar as condições do sistema prisional.

“O nosso sistema prisional, devido à reestruturação fiscal do Brasil, não consegue suprir de forma adequada as demandas, os presídios estão superlotados, faltam até recursos humanos para o cumprimento das penas de liberdade”, diz.

Wesp fala da importância da oportunizar momentos de ressocialização aos detentos. “Os presídios funcionam quase como uma escola do crime”, comenta. A ideia do projeto é que os presos paguem ao estado os custos que geraram para o serviço penitenciário, principalmente relacionado à hospedagem e alimentação. “Em 2018, o custo médio de um detento era de R$ 2,8 mil por mês enquanto um aluno custa R$ 487. Ou seja, um detento custa cinco vezes mais que um aluno da rede estadual”, compara.

O deputado lembra que a ideia não é criar dupla pena, mas gerar uma responsabilidade aos condenados. O projeto de ressarcimento seria válido, conforme Wesp, apenas para condenados. “Aqueles que não tiverem condições de pagar, poderão fazer o pagamento por meio de trabalho.”

“Tudo que vem de graça as pessoas não valorizam”, pondera. De acordo com ele, esse projeto proporcionaria a entrada de mais recursos ao estado, o que garantiria condições de investimento em penitenciárias, diminuindo a superlotação e uma condição melhor aos detentos.

Ouça a entrevista na íntegra

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