“Não podemos deixar a barbárie se sobrepor à civilização”

ENTRE ASPAS

“Não podemos deixar a barbárie se sobrepor à civilização”

Em comentário na Rádio A Hora 102.9, a professora universitária Elisabete Barreto Müller analisou o comportamento de parte da população que insiste em atacar as instituições democráticas

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“Não podemos deixar a barbárie se sobrepor à civilização”
(Foto: Arquivo A Hora)
Estado
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O programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, conversou com a delegada aposentada e professora universitária, Elisabete Barreto Müller, nesta terça-feira, 27. Em seu comentário semanal, ela destacou a importância do respeito a Constituição Federal e falou sobre a conduta de parte da sociedade em relação às decisões do Poder Judiciário.

A comentarista criticou a apropriação de símbolos da República como a bandeira e o hino nacional por grupos que pregam discursos de ódio. “Não podem ser símbolos de um determinado grupo de pessoas ou religião, são de todos os brasileiros”, afirma.

Elisabete relembra um fato que aconteceu na semana passada, em uma manifestação em Porto Alegre, onde uma pessoa se vestiu com peças semelhantes as usadas pelo movimento que defende a supremacia branca norte-americana. “Impossível colocar estes símbolos da pátria junto com os da Ku Klux Klan [organização civil que prega a supremacia racial branca e o racismo nos EUA]”, aponta.

Para ela, é preciso aprender com a história para não cometer os mesmos erros do passado. “Repetir isso é algo irracional. Não podemos deixar a barbárie se sobrepor à civilização”, salienta.

Segundo a delegada aposentada, é normal as pessoas discordarem do Poder Judiciário e debaterem às decisões. “É por isso que a gente lutou tanto para ter uma Constituição democrática”, pontua.

Elisabete ressalta que no ambiente democrático as manifestações são importantes, mas quando começam a atacar, para além das instituições, as pessoas, isso representa perigo para a sociedade. “Se discorda de uma decisão, existe remédio jurídico para isso. Nós temos que seguir o que está dentro da lei, no sentido de reclamar por via judicial”, aponta.

A comentarista reafirma que, no Brasil, há uma Constituição e que deve ser respeitada. Já os símbolos nacionais são de todas as pessoas que amam e não pregam o ódio e a desunião. “Estamos em um país democrático que permite a manifestação, mas esta não pode ser criminosa”, sublinha.

Ouça o comentário de Elisabete Barreto Müller na íntegra:

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