Auxílio ao comércio gera embate entre poderes em Arroio do Meio

Afetados pela pandemia

Auxílio ao comércio gera embate entre poderes em Arroio do Meio

Projeto da oposição foi aprovado com cinco votos favoráveis no Legislativo. Entretanto, governo alega inconstitucionalidade na matéria e destaca que já elabora proposta de ajuda aos estabelecimentos afetados pela pandemia

Auxílio ao comércio gera embate entre poderes em Arroio do Meio
Governo promete criar comissão com entidades comerciais para criar auxílio a lojistas e prestadores de serviço (Foto: Fábio Kuhn)
Arroio do Meio

O governo de Arroio do Meio promete criar, nos próximos dias, uma comissão para analisar o repasse de auxílio financeiro para estabelecimentos comerciais afetados financeiramente pela pandemia do coronavírus.

O grupo deverá ser formado por entidades de classe como a Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) e Associação Comercial da Indústria e Serviços (Acisam). “Essa comissão vai definir as regras para sermos mais justos possíveis e atender realmente o comércio e prestadores de serviço que apresentam dificuldades financeiras”, pontuou o secretário da Administração, Áureo Scherer.

O valor que será repassado ao comércio ainda está indefinido, entretanto em sessão da câmara, o vereador José Elton Lorscheiter (PP), o “Pantera” assinalou que o município vai dispor de R$ 250 mil.

Scherer complementa que o auxílio ao comércio será criado pela atual gestão, mesmo sem nenhum tipo de apoio financeiro do governo federal.

Aprovação na câmara

A proposta do governo surge após a aprovação de um projeto no Legislativo sobre o repasse de subvenção econômica ao comércio e prestadores de serviço no pagamento de aluguéis.

Conforme a matéria assinada pelo MDB (oposição), os auxílios poderiam ser de até metade do valor da locação por período de três meses. Ao total, o governo poderia disponibilizar ao programa R$ 300 mil.

Em sessão extraordinária na sexta-feira, 23, o projeto foi aprovado com cinco votos favoráveis dos vereadores emedebistas. Todos os vereadores da situação foram contrários: Pantera, Vanderlei Majolo (PP), Alessandra Brod (PP) e Nelson Paulo Backes (PDT). Roque Haas, o Rocha (PP), não participou da sessão.

Racha entre poderes

A votação da proposta gerou embate acalorado na sessão. Os contrários ao projeto destacaram que a proposta é inconstitucional por mexer o orçamento do Executivo. Outra crítica foi a falta de diálogo e elaboração de uma proposta “às pressas” pelos vereadores do MDB.

“Qualquer gerência no aumento de despesas para a Administração gera inconstitucionalidade, Os órgãos querem um projeto que seja discutido por todos. Não podemos mexer no orçamento”, resumiu Backes.

Vereadores favoráveis contrapuseram que houve conversa com o comércio antes da elaboração da proposta e destacaram que graças ao projeto assinado pelo MDB se criou uma discussão a respeito dos auxílios. “Temos que apresentar algo para a comunidade”, defendeu Marcelo Schneider (MDB).

Conforme o secretário da Administração, projeto aprovado no Legislativo não será colocado em prática por ser inconstitucional e por tratar do mesmo tema que será proposto pelo Executivo.

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