Escolha das prioridades inicia em junho, prevê Piratini

Concessões das estaduais

Escolha das prioridades inicia em junho, prevê Piratini

Fim da EGR e novo modelo de pedágios dependem da elaboração de edital. No Vale, três estradas entram no bloco 2 das concessões, com investimento de R$ 4 bilhões em 30 anos

Escolha das prioridades inicia em junho, prevê Piratini
Aumento da capacidade de tráfego é uma das prioridades para a ERS-130 (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari

O estudo de viabilidade econômica do plano de concessão das rodovias estaduais deve ser apresentado às regiões entre fim de maio e início de junho. Após isso, iniciam os debates para elaboração do edital.

Este documento estipula o formato do contrato, inclusive com as prioridades em termos de obras e investimentos da iniciativa privada. O trecho em que está o Vale do Taquari (nas ERSs-453, 130 e 129) fica no bloco 2, com estradas das regiões de Carazinho, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul. No total, são mais de 1,1 mil quilômetros. Destes, 416,7 km ficam dentro da área do Vale.

Pelo estudo prévio, são apontadas obras de duplicações em diversos pontos, construção de viadutos, acessos vicinais, com uma previsão de investimento que alcança R$ 4,1 bilhões em 30 anos. De acordo com o secretário extraordinário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto, as comunidades locais serão ouvidas. “Faremos reuniões para apresentar o estudo e conhecermos as sugestões, prioridades e possíveis mudanças.”

A ideia do Estado é manter esse diálogo de junho até outubro. Concluído esse processo, o leilão das praças de pedágio poderia ocorrer em dezembro. Com isso, a aplicação do novo modelo seria nos primeiros meses de 2022.

Segurança e custo logístico

O secretário Busatto admite a necessidade de melhorias nas estradas gaúchas. Entre essas vias, destaca a necessidade de melhoria na capacidade de tráfego na ERS-130. De acordo com ele, o estudo antecipa a importância de duplicação do trecho a partir de Encantado, inclusive até a ligação com a 453, em direção à Santa Cruz do Sul.

“Estamos atrasados nestes aspectos. A premissa básica dessas concessões é, em primeiro lugar, melhorar a segurança para os motoristas. Junto com isso, reduzir o custo logístico. A estrutura atual interfere muito sobre esse custo, pois temos estradas precárias, com muito tráfego e insuficientes para este fluxo.”

Pela análise do governo, não é viável lançar um único modelo para substituir com agilidade os mais de 700 quilômetros mantidos pela EGR, pois trechos com alto fluxo e alta rentabilidade teriam diversas interessadas enquanto rodovias com menor potencial econômico seriam deixadas de lado. O ideal seria unir trechos rentáveis com outros de menor movimento, como uma forma de equilibrar o interesse das concessionárias.

Detalhes
•Os três pedágios da região (Boa Vista do Sul, Encantado e Cruzeiro do Sul) fazem parte do Bloco 2 das concessões;
• São 1.151 km de rodovias;
• Previsão de investimento: R$ 4,1 bilhões;

Objetivos
• Solução de longo prazo para os gargalos de infraestrutura na região;
• Concessionário será responsável pela manutenção do sistema durante 30 anos
• Indicadores de desempenho exigidos: Qualidade dos serviços; segurança na utilização do sistema rodoviário; e sustentabilidade socioambiental
• Previsão de intervenções prioritárias em áreas urbanas.

Acompanhe
nossas
redes sociais